EXPOSIÇÃO ALIANZAS//
//BANQUETE CULTURAL\\
Dia brilhante de sol, Dia de Primavera
ALIANZAS = Fusão, Comunhão, Partilha
Alianzas,,, fusão de três (3) realidades diferentes numa só...
... o pluralismo sem diferenças... sob a orientação do Professor Álvaro Espadanal.
ALIANZAS (Alianças)
foi (e é), não apenas uma mostra dos trabalhos realizados durante este
ano letivo mas, e mais importante, o resultado completo de um ano
pleno de aprendizagens humanas e sociais entre alunos (3 turmas: 10º
Artes, 12º Oficina de Artes e Ensino Especial).
O Olhar atento do Professor
Metafóricamente, e embuídos do espírito do momento, os jovens alunos despiram-se do seu "Eu" normal (daí a simbologia do estendal com as suas roupas quotidianas) e, metamorfoseados, misturaram-se com as obras que nasceram da sua criatividade individual,,,
Kolorindo, Iluminando, dinamizando,,,
a cada segundo, a cada passo... a cada Olhar, a cada Sorriso...
” O
meu drama resulta de que a mim só me interessa ser bom professor.
Ser bom professor consiste em adivinhar a maneira de levar todos os
alunos a estarem interessados: a não se lembrarem de que lá fora é
melhor”
(Sebastião
da Gama)
O espaço ao ar livre transformado num palco natural decorado...
Ex alunos afluiram à eskola e misturaram-se... Naturalmente,,,
Estavam no seu ambiente do coração,,,
Turmas de Economia, Desporto, Estagiários
Regressaram para o grande banquete CULturAL....
Simbiose perfeita,,, Sintonia, Vida, Cor, Movimento
Partilhas da Vida entre Pais, Alunos, ex-Alunos e Professores...
Escola... Um Mundo de Kores...
Escola... Um Lugar de Afetos.
Escola... um Mundo de Aprendizagens
O meu obrigada ao Professor Álvaro por mais esta oportunidade que me permitiu sentir cada momento...
“Para
ser professor, também é preciso ter as mãos
purificadas.
A toda a hora temos de tocar em flores. A toda a hora a Poesia nos
visita.
O
aluno acredita em nós e não deve acreditar em vão. Impõe-se-nos
que mereçamos,
com
a nossa, a pureza dos nossos alunos; que a nossa alimente a deles, a
mantenha.
Sejamos
a lição em pessoa – que é isso mais importante e mais eficaz que
sermos
o
papel onde a lição está escrita; e possamos dizer sem
constrangimento: Deixai-as
vir
a mim, as criancinhas…”
(Diário, p. 146, Sebastião da Gama)
a vida...um poema
...em dias assim, a cores, noutros a preto e branco...
"Não
existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há
forma mais segura de se unir a ele do que a arte"
Johann Goethe
Johann Goethe
O menino que carregava água na peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e
sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
era o mesmo que roubar um vento e
sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio, do que do cheio.
Falava que vazios são maiores e até infinitos.
gostava mais do vazio, do que do cheio.
Falava que vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.
que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.
Com o tempo descobriu que
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu
que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.
que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!
Manoel de Barros
PERFEITO no SEU TODO e ABRANGENTE no PORMENOR...
ResponderEliminarOBRIGADO por ELES.