Celeste Rebordão
Escrever moK criatividade???
Escrever com criatividade?
Criatividade no escrever?
Escrever a criar…
…Que mensagem deixar
Com tamanha exigência???
Escrever é recriar
O que nos vai na consciência…
A folha em branco (que hábito antigo!)
O teclado plano
O “dedilhar” ao sabor do pensamento
O olhar… o reflexo de todo o momento
Ao sabor do vento e do riso dançam
As imagens dos amigos
Que dia a dia
Nos acarinham
Nos mimam
Que nos aquecem…
Nesta hora suave,
Menos um dia
Menos um dia
Mais uma noite,
Vem a vontade
De mansinho
De dar voz ao pensamento
Para um bom desenvolvimento,
Há que ter sobre a mesa
Há que ter sobre a mesa
Alimentos de “categoria”
É isto que me ocupa
Nesta hora tardia
Que nas nossas crianças,
É isto que me ocupa
Nesta hora tardia
Que nas nossas crianças,
Permaneça sempre…
… A ALEGRIA!
(Celeste Rebordão)
|
As rosas
São lindas as rosas
Lindas como a pureza
Lindas como a harmonia
Lindas como o amor
Quanto perfume roubado
Numa rosa colhida
Assim ficam os olhos
Cheios de fulgor
Perdidos…
...Com tanta dor.
(Celeste Rebordão)
(Celeste Rebordão)
A vida…
De pequenos momentos
Que nos tornam
Em grandes (ou pequenos)
Vem sempre a motivação
De seguir em frente
Deixando para trás
O que nos tolhe os movimentos
O que nos nubla os pensamentos
Quisera um dia
Transformar em alegria
Transformar em harmonia
Esta procura constante
Da vida em sintonia
(Celeste Rebordão)
Penso muitas vezes
Penso muitas vezes
Vezes sem fim
Na tentativa que muitos fazem
De mudar a sua forma de SER
Para agradar aos outros?
Para se parecer normal?
E o que é a normalidade?!
Como é possível,
SER como os outros vêm a normalidade?
Contrariar a própria essência?
Não se é feliz a SER como os outros nos querem ver...
Penso muitas vezes
Porque não SER como somos até ao fim?
MUDAR acontece no profundo do SER
Senão de nada vale
Tarde ou cedo o SER liberta-se
Num grito de liberdade
Para quê a formatação?
Se é na diversidade que está a beleza de conversar, de olhar... De criar!
(Celeste Rebordão)
MAIS UM DIA, MENOS UMA NOITE
Mais um dia, menos uma noite
Envolve-me nos teus braços, Ó ALEGRIA!
Linda noite, lindo DIA
Linda a VIDA!!!
Não deixo que o SORRISO parta
Nunca, em nenhum DIA!
POIS A VIDA é uma benção
Uma benção a cada DIA!!!Ainda que a reflexão O SORRISO me nuble
Ainda que a maldade paire por aí
A esperança e o AMOR existem
No SORRISO que mora... Aqui!
(Celeste Rebordão)
(Celeste Rebordão)
Esse medo
Vestido de negro manto
Que nas esquinas da vida aguarda
Disfarçado de doença má
De caminhos virados ao contrário
De violência inesperada
É esse medo que limita
Que tira o sorriso à vida,
Ao caminhar,
Ao olhar...
Vestido de negro manto
Que nas esquinas da vida aguarda
Disfarçado de doença má
De caminhos virados ao contrário
De violência inesperada
É esse medo que limita
Que tira o sorriso à vida,
Ao caminhar,
Ao olhar...
(Celeste Rebordão)
A lua brilhante
Que tudo de cima vê
Sussurrou-me muito baixinho
Vem...
Vem ver as ondas deslizar na areia
Vem ver as copas das árvores
Vem ver os golfinhos e as baleias
Vem...
Vem...
Ver o sorriso das crianças que na relva rebolam
Vem...
Ver o olhar dos avós que pelos netos velam
Vem...
Ver os namorados de mãos entrelaçadas
Vem...
Veeeeem!!!
(Celeste Rebordão)
Os poemas são palavras que brotam
Como um lamento
Como uma gargalhada
Como um sorriso
Quanta dor soltada
Quanta alegria vibrada
Quanta felicidade declarada
Numa lágrima
Num riso
num sorriso...
(Celeste Rebordão)
(Celeste Rebordão)
E então despida de tudo
Entrego o meu corpo
Aos teus olhos
Às tuas mãos
À tua boca
Aos teus olhos
Às tuas mãos
À tua boca
Naturalmente sem pudores
Em paz comigo
Contigo
Com a natureza
Que nos acolhe
Em paz comigo
Contigo
Com a natureza
Que nos acolhe
(Celeste Rebordão)
Versos e Rimas
Onde pára a vontade de escrever
Versos com sentimento
Do que alegra ou rói o coração
Que faz da vida condição
De tudo transformar em emoção
A vida corre e escorre
Sem contornos, lentamente
Assim, como fazer
Da vida uma aventura
Sem vontade de refletir?!!!
Viver assim será porventura
(Des)viver em amargura
Com vontade de partir
Novelas e entretenimento
Futebol e debates
Tanta opinião
Tanta desopinião
Assim vai a Nação
Sem atar nem desatar
A sua condição
Também o meu coração
Com pesar se debate
Sem saber o que fazer
O que a nunca fez frente
Desde que me sinto gente!!!
(Celeste Rebordão)
A vida corre e escorre
Sem contornos, lentamente
Assim, como fazer
Da vida uma aventura
Sem vontade de refletir?!!!
Viver assim será porventura
(Des)viver em amargura
Com vontade de partir
Novelas e entretenimento
Futebol e debates
Tanta opinião
Tanta desopinião
Assim vai a Nação
Sem atar nem desatar
A sua condição
Também o meu coração
Com pesar se debate
Sem saber o que fazer
O que a nunca fez frente
Desde que me sinto gente!!!
(Celeste Rebordão)
No Outono
A Terra descansa,
A Terra empranha,
De seiva nova
As árvores despem-se,
As aves despedem-se
E numa agitação calma
Tudo se enche de esperança!
(Celeste Rebordão)
Passam as horas
Passam os dias
Passam as noites
A VIDA sempre em movimento
Vem a LUA
Vem o SOL
Vêm as estrelas
E A VIDA sempre a mudar...
... E A VIDA sempre a renovar
Vêm as lágrimas
Vêm as palavras
Vem o colo
Vem o abraço
Vem o sorriso
É o coração a FALAR...
E de partilha
De gratidão
De humildade
De recompensa
Lado a lado
Num abraço
Continuamos a caminhar
(Celeste Rebordăo)
(Obrigada Luzita e Cila, do ♥
Ei-las que chegam de pantufas
Como que envoltas em lãs
Palavras Obtusas
Palavras Vãs
Chegam em nuvem cinzenta
Tais abutres em bando
Rasgando
Como que envoltas em lãs
Palavras Obtusas
Palavras Vãs
Chegam em nuvem cinzenta
Tais abutres em bando
Rasgando
Triturando
Anunciando grande Tormenta
Almejam transformar
A beleza em feiura
A pureza em negrura
A simplicidade em subtileza
Das palavras castas
Almejam transformar
A beleza em feiura
A pureza em negrura
A simplicidade em subtileza
Das palavras castas
São Traidoras
Perversas
Perigosas
Maliciosas
Mas desenganem-se
Que aqui não entram
Não causam efeito
Não causam dano
São demasiado despidas
Para qualquer engano
(Celeste Rebordão)
Ou dizer-to suavemente, docemente ao ouvido…
Queria ver os teus olhos brilharem de alegria e perderem-se nos meus…
Queria que mo dissesses também, num murmúrio firme…
Queria sentir essa alegria transbordando nas minhas faces…
Lágrimas duma nascente secreta que está no mais profundo do meu ser…
(Celeste Rebordão)
Queria gritar que te amo
Ou dizer-to suavemente
Docemente ao ouvido
Queria que mo dissesses também
Num murmúrio firme
Como a aragem que passa além
Queria ver os teus olhos
Brilharem de alegria
E perderem-se nos meus
Queria sentir essa alegria
Transbordando nas minhas faces
Lágrimas duma nascente secreta
Que está no mais profundo do meu ser
E carrega-me nos teus braços
E envolve-me nos teus abraços
E deixa o vento sussurrar
E comigo vem ver o mar
Brincando nos teus ramos
Fortes como Kratos
Alegres como Bes
Ah! Quem te dera
Comigo ires... Ver o mar!!!
(Celeste Rebordão)
Queria gritar que te amo
Ou dizer-to suavemente
Docemente ao ouvido
Queria que mo dissesses também
Num murmúrio firme
Como a aragem que passa além
Queria ver os teus olhos
Brilharem de alegria
E perderem-se nos meus
Queria sentir essa alegria
Transbordando nas minhas faces
Lágrimas duma nascente secreta
Que está no mais profundo do meu ser
E carrega-me nos teus braços
E envolve-me nos teus abraços
E deixa o vento sussurrar
E comigo vem ver o mar
Brincando nos teus ramos
Fortes como Kratos
Alegres como Bes
Ah! Quem te dera
Comigo ires... Ver o mar!!!
(Celeste Rebordão)
Eu encheria o teu mundo de cores
Eu encheria o teu mundo de odores
Se a vida fosse contigo
Se a vida fosse comigo
Encheria até ao cimo
Extravazaria até ao infinito
O agora é presente
E agora estás ausente
Ausente no presente
Presente mas ausente
Foge o pensamento constantemente
Tentando prender-te
Ao presente para sempre
AS NUVENS
Como flocos de algodão
Elas aí vão
Sem pressas
Sem alvoroços
Como num corrimão
Escorregando pelo azul do céu
Tal criança atirando o chapéu
E chega o sol
E elas transparentes
Brilhantes
Quedam-se a admirar
O astro maior
Que vem transformar
O dia com magestosos coloridos
Tal criança pintando as cores do arco-íris
Mas vejam
Ele escondeu-se
Numa nuvem maior
Forte e cheia
Acinzentada
Escurecida
A esta junta-se outra
E mais outra
E outra
E ferozes desencadeiam
Uma trovoada
Mas o REI não desiste
E o vento vem ajudá-lo
E juntos afastam
As nuvens
Vazias
Submissas
E...
Alegria
Numa gota refletem-se
As cores da vida
Vejam!!!
Um arco-íris
Gritam as crianças admiradas
Maravilhadas
Mas a criança quieta
Calada
Absorta
Sussurra baixinho
Tão lindo, igual ao Meu...
Entra em casa
Abraça a mãe
E diz-lhe com carinho
Baixinho
Toma, MÃE
Este desesnho
Que fiz para ti!!!
Elas aí vão
Sem pressas
Sem alvoroços
Como num corrimão
Escorregando pelo azul do céu
Tal criança atirando o chapéu
E chega o sol
E elas transparentes
Brilhantes
Quedam-se a admirar
O astro maior
Que vem transformar
O dia com magestosos coloridos
Tal criança pintando as cores do arco-íris
Mas vejam
Ele escondeu-se
Numa nuvem maior
Forte e cheia
Acinzentada
Escurecida
A esta junta-se outra
E mais outra
E outra
E ferozes desencadeiam
Uma trovoada
Mas o REI não desiste
E o vento vem ajudá-lo
E juntos afastam
As nuvens
Vazias
Submissas
E...
Alegria
Numa gota refletem-se
As cores da vida
Vejam!!!
Um arco-íris
Gritam as crianças admiradas
Maravilhadas
Mas a criança quieta
Calada
Absorta
Sussurra baixinho
Tão lindo, igual ao Meu...
Entra em casa
Abraça a mãe
E diz-lhe com carinho
Baixinho
Toma, MÃE
Este desesnho
Que fiz para ti!!!
(Celeste Rebordão)
Hoje é o dia!
Hoje é o dia em que o silêncio dá lugar às palavras.
Não, não olhes para longe como se o que tenho para te dizer não tivesse importância.
Nem abanes a cabeça.
Nem fiques nervoso e, por favor, não digas que hoje não é dia para conversas porque estão à tua espera...
Porque hoje é mesmo o dia!
O dia de te revelar o resultado do que está escrito em todas as folhas guardadas em garrafas que repousam no fundo do lago.
Porque hoje é mesmo o dia!
O dia de te revelar o resultado do que está escrito em todas as folhas guardadas em garrafas que repousam no fundo do lago.
Folhas amarelecidas pelo passar dos anos e marcadas por palavras esborratadas de tanto pranto...
Era nelas que encontrava o ombro amigo, a razão, e a força para continuar no meu... Silêncio.
Sim!
Sim!
Nunca foi fácil durante todos estes anos...
O ser-se só num lugar a dois...
E hoje sou Eu que não quero ter um lugar a dois.
Hoje, sou eu que apenas tenho uma frase para te sussurrar olhando bem no fundo dos teus olhos... Já não te amo!
E ela saiu sem olhar para trás e sem bater com a porta.
E ele mergulhou no lago e retirou todas as garrafas e leu cada folha amarelecida e marcou, também, cada palavra com lágrimas suas...
E ela saiu sem olhar para trás e sem bater com a porta.
E ele mergulhou no lago e retirou todas as garrafas e leu cada folha amarelecida e marcou, também, cada palavra com lágrimas suas...
E
compreendeu e soube que agora era ele que estava só...
(Celeste Rebordão)
Boa
tarde Celeste , peço desculpa de vir tomar seu tempo e escrever no seu
mural . Mas eu não podia deixar de o fazer porque fui ver Celeste Feliz e
fiquei deslumbrada com o seu trabalho . Trabalho maravilhoso digno de
uma grande artista que é o que a Celeste é . Muitos parabéns e Deus lhe
dê muita saúde para continuar . Um beijinho !!!
Dizes para falar poéticamente
Falar sempre a filosofar
Sou muitas pessoas dentro duma só mente
Apesar de nascer para amar
Amar quem me rodeia
Desde que façam por merecer
Porque amar incondicionalmente
Só os SIMPLES totalmente
O conseguem CONCEBER...
Ajudar a cada dia
Sem retorno vai cansando
Pois quem não gosta
De um bem haja receber
De um afago de vez em quando
Acontecer...
(celeste rebordão 14-08-2013)
Lá estava ELA de cor de rosa vestida...
A expetativa era enorme
A saudade maior ainda
Nove meses
Quarenta semanas
Duzentos e dez dias
E lá estava ELA em tons de rosa embrulhada
Coração saltitante
Faces quentes
Respiração ofegante
E lá estava ELA de cor de rosa vestida...
Um mar de gente aguardando
Aquele meio de transporte fechado
Não... Não tenho tempo
Pelas escadas voando
Lá vou procurando
E lá estava ELA de cor de rosa embrulhada...
Ó Raio de luz aguardado
Ó Mãe radiosa
Ó Pai babado
E lá estava ELA de cor de rosa vestida
Em tons de rosa embrulhada
Em dia de inverno
No meu coração
Uma rosa florida!!!
...
E ouvem-se risinhos
De anjinhos
Que traquinas
Esvoaçam
Por aqui e por ali
E segredam encantados
Parece-se com o Pai
Não, não! Parece-se com a Mãe
Olha, tem os olhos da Mãe
Pois, mas tem o rosto como o pai
E continuam sussurrando baixinho
E rindo sempre ao desafio
Talvez seja parecida com as avós
Ou com os avôs
Ou com o tio feliz
Que num abraço
Mergulha o Olhar
E sente escorregar
Uma lágrima de Amor
Pela Petiz...
(Celeste Rebordao)
A expetativa era enorme
A saudade maior ainda
Nove meses
Quarenta semanas
Duzentos e dez dias
E lá estava ELA em tons de rosa embrulhada
Coração saltitante
Faces quentes
Respiração ofegante
E lá estava ELA de cor de rosa vestida...
Um mar de gente aguardando
Aquele meio de transporte fechado
Não... Não tenho tempo
Pelas escadas voando
Lá vou procurando
E lá estava ELA de cor de rosa embrulhada...
Ó Raio de luz aguardado
Ó Mãe radiosa
Ó Pai babado
E lá estava ELA de cor de rosa vestida
Em tons de rosa embrulhada
Em dia de inverno
No meu coração
Uma rosa florida!!!
...
E ouvem-se risinhos
De anjinhos
Que traquinas
Esvoaçam
Por aqui e por ali
E segredam encantados
Parece-se com o Pai
Não, não! Parece-se com a Mãe
Olha, tem os olhos da Mãe
Pois, mas tem o rosto como o pai
E continuam sussurrando baixinho
E rindo sempre ao desafio
Talvez seja parecida com as avós
Ou com os avôs
Ou com o tio feliz
Que num abraço
Mergulha o Olhar
E sente escorregar
Uma lágrima de Amor
Pela Petiz...
(Celeste Rebordao)
Batem leve, levemente
Onde foi que já li assim?
São as gotas certamente
De uma chuvinha sem fim
Que batem na minha vidraça
Que regam o meu jardim
Ela vai e volta
A sorrir para mim
Sabe que o Sol brilha
De cada vez que volta e vai
No meu coração
No meu jardim
Mas que poema tão simples
Tão sem ser poema
Tão sem erudito ser
Sussurram elas
As "tias cultas"
Mas é assim que sinto o ser
Quando as gotas leves
Batem singelas
Na minha vidraça
No meu coração
No meu jardim
Dizes que estou triste
Porque o silêncio entrou
Mas digo-te
Não estou triste
Não
São as palavras que falam só no coração
Sempre com um ponto de partida
Nunca com uma meta de chegada
Vamos vivendo a vida
Com a vida
Partilhada
Os erros cometidos
Tentamos não repetir
Outros erros
Sempre a começar
É assim que se aprendem
Novas descobertas
É assim que se abrem
Janelas fechadas
Será sempre assim
Até a Luz findar
Quem sabe tudo?
Quem nada sabe?
Ficamos pelo saber
E pelo não saber...
Que a vida é sempre
Um começar...
(Celeste Rebordão)
Porque o silêncio entrou
Mas digo-te
Não estou triste
Não
São as palavras que falam só no coração
Sempre com um ponto de partida
Nunca com uma meta de chegada
Vamos vivendo a vida
Com a vida
Partilhada
Os erros cometidos
Tentamos não repetir
Outros erros
Sempre a começar
É assim que se aprendem
Novas descobertas
É assim que se abrem
Janelas fechadas
Será sempre assim
Até a Luz findar
Quem sabe tudo?
Quem nada sabe?
Ficamos pelo saber
E pelo não saber...
Que a vida é sempre
Um começar...
(Celeste Rebordão)
Aí está ela
Linda
A lavar a vidraça
A chuva
Fininha
Que cai
Que cai
Que cai
Em suave
Cascata
E sussurram os anjos
Com voz de prata
Onde estão os homens
Que não olham
A chuva que cai
Que cai
Que cai sempre
Que cai sempre
Em suave cascata
Talvez
A olhar
Parados
Hipnotizados
As montras coloridas
por
"Luz" artificial
Parados
Hipnotizados
As montras coloridas
por
"Luz" artificial
Talvez
Fechados
Frenéticos
Em ginásios
Fechados
Frenéticos
Em ginásios
A tentar enganar
Os relógios das vidas
Quem ouve
Os relógios das vidas
Quem ouve
O que o coração
Necessita
O que a alma
Não se cansa
Não se cansa
De repetir
Baixinho
Tão baixinho
Que os ouvidos
Ensurdecidos
Envaidecidos
Engrandecidos
Arrogantes
Entristecidos
Não querem prestar atenção
E a vida linda
Que cai em cascata
E o pio do mocho
Que corta a noite
E o vento que sussurra
A história dos tempos
Continuam
Serenos
Imperturbáveis
Com os seres que se movem
Mas pregados em si mesmos
Todos vivem
Todos marcam
Todos partem
Todos nada
Todos tanto
Até ao ultimo sopro
Que sai do peito
Até ao ultimo recordar
Do que já foi e deixou de ser
E a vida volta a nascer
Com o mesmo choro
Com outro nome
Com outro olhar
Mas o tempo decorre
Sem se aperceber
Que outra é a face
Que veio a aparecer
(Celeste Rebordão)
Lá ao fundo
As serras cinzentas
Mais perto
As copas verdes
Das árvores
O céu azul
Branco e vermelho
Dum sol a acenar
Riscado pelo negro
De aves
Que vão e vêm
Sem parar
Será céu?
Será mar?
Ele
O céu
Parece o mar
As nuvens
As ondas a cortar
O negro dos pássaros
Barcos minúsculos
Nesse mar
Nesse mar
Será céu?
Será mar?
A vida corre sem parar
Menos um dia
Que se vai
Mais uma noite
A anunciar
Retângulo só meu
Para a vida
Cá do sétimo andar!
Sempre
Mas mesmo sempre
A vida
A AMAR!
Sempre
Mas mesmo sempre
A vida
A AMAR!
(Celeste Rebordão)
A VIDA um POEMA!!!
Ei-la, chegou de novo
A chuva chuvinha
De grossas bagas
Tais lágrimas de prata
Que embaciam
Quando tocam na vidraça
Qual foi a fada?
Talvez a Madrinha
Que encantada
Chorou de alegria
Ao ver o bailado
Das aventuras
Na procura da vida
Da afilhada...
A chuva chuvinha
De grossas bagas
Tais lágrimas de prata
Que embaciam
Quando tocam na vidraça
Qual foi a fada?
Talvez a Madrinha
Que encantada
Chorou de alegria
Ao ver o bailado
Das aventuras
Na procura da vida
Da afilhada...
(Celeste Rebordão)
Lá vinham elas
De mão dadaAs duas palavras
Rindo à gargalhada
Uma era a Prima
Outra a Vera
De mão dada
Sempre rindo
Rindo à gargalhada
Subiram a colina
Rolaram pela encosta
Sempre bem dispostas
Rindo sempre
Sempre rindo
Sempre à gargalhada
As andorinhas
Que as acompanhavam
Cruzaram os céus
Fizeram os ninhos
E felizes puseram os ovinhos
E dos ovinhos
Saíram os filhotinhos
Que piando
Abriram os olhinhos
E exclamaram
Numa gargalhada
Viva a Prima
Viva a Vera
Lindas que são
E juntas
Fazem a Primavera!
Eheheh...
(Celeste Rebordão)
Elas vinham mansinhas
As palavras
Em harmoniosos
Grupinhos
Dançando e acariciando a face
Tal brisa de cor mate
Veio o vento matreiro
Sacudindo o olmeiro
Desfazendo a ordem
Das palavras mansas
Etéreas brancas
Ficou o desvario
À compreensão seguiu-se
A incompreensão
E as palavras mansinhas
Largaram as mãozinhas e
Esconderam-se em qualquer parte
Mas o sol risonho
Da vida senhor
Não ignorou o destino
Das palavras castas
Brilhou e aqueceu- as
E elas sorrindo
Corajosas
Potentes
Brilhantes
Vestidas de candura
Deslizaram felizes
Procuraram-se
Tal arco íris na vida
Da gente pura
(Celeste Rebordão)
ELA surgiu-me
De negro vestida
O rosto marcado
Pela doR
Da perda maioR
Na VidA
Frágil o corpo
Quieto o olhaR
No estar
A aceitação
No doce beijar
e
No quente a abraçar
A aceitação
No doce beijar
e
No quente a abraçar
A gratidão
No falar
A retribuição
A retribuição
(Celeste Rebordão)
Frente ao chá quente
Manhã de outono
Manhã brilhante
De sol estonteante
Mas fria
De um vento gelado
Que soprava
Como que enfeitiçado
Entrei
Procurando abrigo
Procurando abrigo
Cabelos em desalinho
Rosto ruborizado
Do vento amado
Aconcheguei-me
Na mesa silenciosa
Num canto anichado
Olhei em redor
Procurando vida
Vida conhecida
Lá estavam eles
Numa mesa vizinha
Ela falava
Agitada
Ela falava
Falava
Sem parar
Misturando risos
Gargalhadas
Brilhos no olhar
Tentando cativar
Ele fingia ouvir
Parecendo concordar
Olhar distraído
Triste
Sem brilho
Fugidio
Sorrisos forçados
Palavras lacónicas
Cabeça a acenar
Mas ela ria e ria
Contava e recontava
Remexia na carteira
Fotos a procurar
Tentando enfeitiçar
Encostava-se a ele
Pernas a roçar
Procurava-lhe a mão
Mãos escondidas
Escondidas do olhar
Ele fingia
Fingia ouvir
Olhar perdido
Num rosto qualquer
Tentando encontrar
Aprovação
Na multidão
Tal animal enjaulado
Numa prisão
E ela ria
Continuava a rir
Abraçou-lhe o pescoço
Beijou-lhe a face
Ele fingia retribuir
Mas o olhar
Ah! Esse continuava
A fugir
Fechei os olhos
E ficcionei
O que se passaria a seguir
Ele olhava-a com pena
Um outro rosto
No dela revia
Traidor
Mentiroso
Infiel
Que tudo lhe prometia
E decidido
Levantava-se
E saía
Libertado
Lavado
Para o vento gelado
E ela ficava
Orgulhosa
Corpo direito
Olhar vazio
E depois de algum tempo
Saía arrogante
Mas isso aconteceria
Num conto meu
A realidade era outra
À frente do olhar
Aberto
Discreto
Meu
Meu
Ela continuava a rir
A rir sem parar
E ele fingia
Fingia ouvir
E ele fingia
Fingia sentir
E fingia
Deixar-se levar
Tal como a borboleta
Atraída pelo brilhar
Do candeeiro
E as asas queimar
E quem saiu fui eu
De volta aos braços
Do vento gelado
Do sol amado
E quem saiu fui eu
De volta aos braços
Do vento gelado
Do sol amado
Frente ao chá quente
Lá estavam eles
Frente a frente
Frente a eles
Frente ao chá quente
De maçã e canela
O chá aromático
De outono
O pão dourado
Torrado
Aloirado
Ela olhava para ele
Ele olhava para ela
Ela olhava para ele
Ele olhava para ela
Lá estavam eles
Frente a frente
Frente a mim
Frente ao chá quente
Frente a mim
Frente ao chá quente
E falavam
Cada um a seu tempo
O falar entrecortado
Com sorrisos no olhar
E risos suaves
Faziam-se ouvir
E eles estavam ali
Frente a frente
Frente e mim
Frente ao chá quente
Fechei os olhos
Abri-os de novo
E eles
Já não estavam ali
Seria sonho
Seria ilusão
Seria real
Tanta perfeição? (Celeste Rebordão)
Lá está ela
Linda
A Lua Brilhante
Grávida
Imponente
Gigante
Lá está ela
A Lua
A Lua Cheia
A Lua
A Lua Cheia
Que brilha na noite
Que sorri no olhar
A quem mais não exige
Do que admirar
A vida maravilhosa
Que preenche
Quase todo o estar
Num êxtase completo
Que amortece
Que emudece
Todos os ruídos
Do outro mundo paralelo
Que nos deixam apenas
Um sorriso
Amarelo
São palavras
Tão simples
Tão fáceis de entender
Mas é com elas
Que defino
O meu sentir
O meu olhar
O meu SER.
Apolo, meu AmoR
Ficou o teu olhar nos meus olhos. Para sempre o teu olhar doce, desafiante... A tua espera tranquila: ficas que a dona já vem. E eu ia e vinha rápido porque sabia-te à minha espera. E era lindo chegar. Ouvir-te cantar de felicidade. Ver-te procurar a tua bola preferida, a careca, para me presenteares com ela. O que nós a procurámos, Apolo, nestes dez anos de amor. Fui tão feliz contigo, querido. Meu AmoR de pêlo dourado.
Mãe
Foi Mulher Menina
Foi Mãe Menina
Foi Menina
É MulHer
É a minha Mãe
Hoje sinto
Que tristeza
Que a mãe sou eu
Duma filha que
Tudo me deu
É a Minha Mãe
Mãe Mãe Mãe
Quanta dor hoje sinto
Por si
Mãe
Mãe
Palavra tão singela
Com três letras tão somente
Palavra tão bela
Palavra tão terna
Mãe
Dizem-me que a vida é assim
Mas eu não quero
Não quero que a vida seja assim
Mãe...
Olho para trás
Lá muito para trás
Eu criança
A mãe mulher
Recordo o seu choro perdido na noite
Que me roía por dentro
Que me tirava o alento
Recordo o nosso preparo
Alinhadas para a Eucaristia Dominical
Nos nossos vestidos floridos
Pela mãe imaginados cortados e costurados
Recordo Mãe
As suas mãos duras pelo trabalho
Mas rudes não
Mas agressivas não
Sempre doces
Sempre ternas
As mãos mais doces
As mãos mais belas
A Mãe é a Mãe entre todas as mães
Deu-nos o bem maior
O AMOR por nós
O AMOR pelo próximo
O respeito por nós
O respeito por todos
A Mãe é a mestra entre todas as mestras
A Mãe é poesia
A Mãe é fado
Mas também é sinfonia
Deu a vida feliz
A seis rosas encantadas
E a um cravo maravilhado
Recordo tantas coisas
Tantos acontecimentos
Tantas lágrimas
Tantos lamentos
Tantas gargalhadas
Recordo nascimentos
Recordo casamentos
Recordo falecimentos
E a Mãe
Sempre presente
Sempre corajosa
Sempre forte
Sempre protectora
Lembro-me de tudo
O que é só nosso
E que não digo
Por ser tão nosso
Só nosso
Só nosso
Só nosso
Só a si contava
Os tantos tantos segredos que me confiavam
Só assim aliviava o peso que sentia
Por tão grande mas doloroso tesouro
Saber só eu
Ou saber eu e a Mãe
Era saber só eu
Com a proteção da Mãe
Recordo o banho que me deu
Dias antes de um dos meus filhos nascer
Chorámos e rimos
Mas porque chorávamos Mãe
Só nós duas sabemos
As suas mãos nas minhas costas
O doce calor das suas mãos
A sua voz suave como o mel
A sua voz suave como o mel
O meu ventre enorme
Cheio de Vida
E eu aninhada
No calor seu
Tal criança no ventre da sua Mãe
Nunca me deixe Mãe...
SonHo
Esta noite sonhei
Sim foi um sonho
Sonhei e acordei
E por ser um sonho
E por ser tão belo
Tentei agarrá-lo de novo
Tentei continuá-lo
Tentei perpetuá-lo
Oh! Que ilusão!
Pois por ser um sonho
Foi impossível agarrá-lo
Foi impossível continuá-lo.
As imagens eram nítidas
Ao acordar
Mas depressa se esfumaram
Depressa se desvaneceram
Por isso tenho a certeza que foi um sonho
Pois se sonho não fosse
E se de um pesadelo se tratasse
As imagens ficariam a martelar
Por longas horas
A pesar.
Mas foi um sonho
E um rasto de saudade
E um sopro de felicidade
Num misto de melancolia
Pairou pelo ar
Neste meu dia
De horas por acabar.
(Celeste Rebordão)
Adoro o teu falar
Adoro os nossos segredos
Adoro o teu permanecer
Adoro o teu pensar
Adoro o teu estar
Adoro o teu evoluir
Adoro o teu sorrir
Adoro o teu arrumar
Adoro as tuas surpresas
Adoro o teu amar
Adoro as tuas subtilezas
Adoro aguardar por TI
Na nossa "sala de espera"
Adoro os nossos esconderijos
Adoro a tua despedida
"Ó Vó vou ter saudades!"
Querida
Querida
Querida!
Em tempos do Covi19
🌈🌈🌈🌈🌈
O tempo escorre lentamente
A mente numa velocidade sem limites
O desejo no coração
De mais um dia de esperança
Para os meus, para os teus, para todos
Esperança universal
Vestida de cuidados
Vestida de amor
Vestida de respeito
Pela VidA que nos acolhe.
(Celeste Rebordao )
🌻🌻🌻🌻🌻
As Pombas
Lá iam as pombinhas
A voar
Na rua silenciosa
Sem ninguém a passar
Iam leves
Harmoniosas
Belas
Amistosas
Mas quem as viu voar?
Neste meu retângulo
Aberto ao céu
Vi-as
Vi-as a passar
Mas elas não me viram
Donas do lugar
Iam belas
Harmoniosas
Amistosas
As pombas
Num voo a rasar
E o meu coração ficou a cantar.
(Celeste Rebordao)
🌻🌻🌻🌻🌻
Noite SerenA
Noite serena
Lavada
No céu apenas uma
Estrela
Ladeada de nuvens Esfarrapadas
Brancas
Espaçadas
Arvores verdes
Floridas
A avenida deserta
Silenciosa
Enigmática
Limpa
Iluminada
Por linhas certinhas
Retilineas
Sem alguém
A percorré-la
Carros
Tantos carros
Parados
Alinhados
Arrumadinhos
Casas sem vida
Predios de janelas
Cerradas
De persianas Corridas
Onde foi que já
Vi assim?
Num filme qualquer
De ficção Certamente
Num passado Recente
Parecia impossível
A anos luz
Distante
Mas que agora
É presente
E eu de janela
Escancarada
Olho o Céu imenso
E penso
Quem me dera
Que não fosse
Assim!
(Celeste Rebordão )