Chama-se “Laudato si, sobre o cuidado da Terra” e é a primeira encíclica da Igreja sobre o Ambiente.
É a primeira encíclica “verde” da história da Igreja e a segunda de Francisco. O texto de “Laudato si, sobre o cuidado da Terra” é apresentado quinta-feira à tarde e promete polémica pouco meses antes do arranque da Conferência do Clima 2015, marcada para Paris e onde serão debatidas as alterações climáticas e o fracasso do protocolo de Quioto.
No documento, segundo têm adiantado fontes do Vaticano à imprensa internacional, o Papa tece críticas duras ao “capitalismo selvagem” e às empresas multinacionais – apelidadas de “predadoras” do planeta que enriquecem “à custa do aumento do fosso entre ricos e pobres”. A encíclica, publicada em seis línguas, aborda também as “injustiças” na distribuição de recursos, a fome, o desperdício de alimentos, a exploração de recursos naturais em continentes como a África, o aquecimento global, a desflorestação ou a poluição. O “Vatican Insider” adianta mesmo que o Papa deverá pedir aos governos que se empenhem nos problemas das alterações climáticas. Ontem, a seguir à oração do Angelus, Francisco falou da publicação da encíclica: admitiu que o texto será “uma grande sacudidela” e uma chamada de atenção para a “degradação ambiental e a recuperação dos territórios”.
No documento, segundo têm adiantado fontes do Vaticano à imprensa internacional, o Papa tece críticas duras ao “capitalismo selvagem” e às empresas multinacionais – apelidadas de “predadoras” do planeta que enriquecem “à custa do aumento do fosso entre ricos e pobres”. A encíclica, publicada em seis línguas, aborda também as “injustiças” na distribuição de recursos, a fome, o desperdício de alimentos, a exploração de recursos naturais em continentes como a África, o aquecimento global, a desflorestação ou a poluição. O “Vatican Insider” adianta mesmo que o Papa deverá pedir aos governos que se empenhem nos problemas das alterações climáticas. Ontem, a seguir à oração do Angelus, Francisco falou da publicação da encíclica: admitiu que o texto será “uma grande sacudidela” e uma chamada de atenção para a “degradação ambiental e a recuperação dos territórios”.
“Laudato Si” – o nome remete para a primeira frase do “Cântico das Criaturas” de São Francisco de Assis – será assim, a primeira encíclica totalmente dedica à ecologia, apesar de João Paulo II e Bento XVI terem abordado o tema. O Papa polaco insistiu bastante, no início da década de 1990, na degradação da camada do ozono e o Papa emérito chegou a ser apelidado de “Papa verde” devido às referências constantes à sustentabilidade e aos avisos deixados aos líderes mundiais sobre as alterações climáticas. Em 2013, Bento XVI publicou o livro “Pensamentos sobre o Ambiente”, em que defende o direito de todos os seres humanos à alimentação e aos recursos naturais.
a natureza “não perdoa” Francisco não deixou cair o assunto tem repetido, em vários discursos, uma frase que, conta, lhe terá sido dita por um velho agricultor: “Deus perdoa sempre e os homens às vezes, mas a natureza nunca perdoa”. Nos últimos dois anos, o Papa sublinhou a importância de cuidar da Terra – que, defende, “não é um legado dos nossos pais, mas um empréstimo dos nossos filhos”. E a insistência na importância da relação do ser humano com o ambiente natural será também evidente na encíclica. As mesmas fontes do Vaticano adiantam que a Ecologia Humana terá um destaque importante no texto. O Papa Francisco tem defendido, também na linha de Bento XVI, que a crise não é só económica, mas sobretudo ética: a vida humana, defende o Papa, deixou de ser o centro das sociedades, dando lugar ao dinheiro. E essa crise estende-se também à relação com a natureza, numa “sociedade que tende, cada vez mais, a descartar bens que ainda podem ser utilizados e entregues a quem passa necessidades”.
Encíclica ecuménica A nova carta papal será também um documento ecuménico. Nos últimos meses, chegou a especular-se que poderia ser promulgada com a assinatura conjunta de Francisco e do Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I. Afinal não aconteceu, mas na apresentação de “Laudato si” estará um representante do Patriarcado Ecuménico e da Igreja Ortodoxa, Ioannis Zizioulas. Um sinal, como escreveu recentemente o vaticanista Andrea Tornielli, de que “a mensagem ambiental do Patriarca Ortodoxo encontra espaço na encíclica” do Papa Francisco.
Na apresentação, marcada para a tarde da próxima quinta-feira, estarão também o cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz e que ajudou o Papa na construção do texto, e um leigo, o cientista John Schellnhuber, fundador e director do Instituto Potsdam que investiga o impacto das alterações climáticas.
Entretanto, já é certo que Francisco irá falar sobre a encíclica numa cimeira especial da Assembleia Geral da ONU, a 25 de Setembro, durante uma visita aos Estados Unidos. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, esteve no Vaticano no início do mês para participar num encontro sobre alterações climáticas organizado pela Santa Sé e pelas Nações Unidas e anunciou que Francisco será o primeiro Papa a discursar num encontro do género.
Pouco tempo depois, em Novembro, arranca a Conferência do Clima 2015. Espera-se que até Dezembro seja definido um novo acordo climático global pós-2020, centrado na redução de emissões para limitar o aumento médio da temperatura em dois graus.
Na apresentação, marcada para a tarde da próxima quinta-feira, estarão também o cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz e que ajudou o Papa na construção do texto, e um leigo, o cientista John Schellnhuber, fundador e director do Instituto Potsdam que investiga o impacto das alterações climáticas.
Entretanto, já é certo que Francisco irá falar sobre a encíclica numa cimeira especial da Assembleia Geral da ONU, a 25 de Setembro, durante uma visita aos Estados Unidos. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, esteve no Vaticano no início do mês para participar num encontro sobre alterações climáticas organizado pela Santa Sé e pelas Nações Unidas e anunciou que Francisco será o primeiro Papa a discursar num encontro do género.
Pouco tempo depois, em Novembro, arranca a Conferência do Clima 2015. Espera-se que até Dezembro seja definido um novo acordo climático global pós-2020, centrado na redução de emissões para limitar o aumento médio da temperatura em dois graus.
O papa Francisco estabelece uma “relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta", na Encíclica "Laudato si - Sobre o cuidado da casa comum". A encíclica foi revelada esta quarta-feira pelo Vaticano e já está publicada em português pelas Edições Paulinas.
Esta é a primeira vez que um papa faz uma encíclica às questões ambientais. Francisco reconhece que estas são "um importantíssimo desafio para a humanidade" e recorda a o "consenso científico muito consistente" sobre as alterações climáticas.
São 190 páginas que apresentam uma visão ecológica, antítese de certos padrões de vida, apresentadas a menos de seis meses da cimeira das Nações Unidas sobre o ambiente, que irá decorrer em Paris.
A carta é inspirada em São Francisco de Assis, a quem Jorge Mario Bergoglio foi buscar o nome do pontificado. O título da encícilica papal “Laudato si” (Louvado sejais) é um verso repetido num poema de louvor a Deus por todas as criaturas, nomeadas uma a uma fraternamente.
Na encíclica, o papa Francsico diz que “esta irmã protesta pelos males que lhe provocamos, por causa do abuso dos bens que Deus pôs nela.”
Como que a prever as resistências àquela que muitas chamam de “encíclica verde”, o Papa já tinha avisado no início da semana que esta era “dirigida a todos”.
"A relação íntima entre os pobres e a fragilidade do Planeta, a convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, a crítica do paradigma que deriva da tecnologia, a busca de outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a grave responsabilidade da política, a cultura do descartável e a proposta de um novo estilo de vida são os eixos desta encíclica, inspirada na sensibilidade ecológica de Francisco de Assis”, pode ler-se no parágrafo 16.º do documento papal.
Esta é a primeira vez que um papa faz uma encíclica às questões ambientais. Francisco reconhece que estas são "um importantíssimo desafio para a humanidade" e recorda a o "consenso científico muito consistente" sobre as alterações climáticas.
"Nas últimas décadas, este aquecimento foi acompanhado por uma elevação constante do nível do mar, sendo difícil não o relacionar ainda com o aumento de acontecimentos meteorológicos extremos, embora não se possa atribuir uma causa cientificamente determinada a cada fenómeno particular".
São 190 páginas que apresentam uma visão ecológica, antítese de certos padrões de vida, apresentadas a menos de seis meses da cimeira das Nações Unidas sobre o ambiente, que irá decorrer em Paris.
Inspiração em São Francisco de Assis
A carta é inspirada em São Francisco de Assis, a quem Jorge Mario Bergoglio foi buscar o nome do pontificado. O título da encícilica papal “Laudato si” (Louvado sejais) é um verso repetido num poema de louvor a Deus por todas as criaturas, nomeadas uma a uma fraternamente.
“Louvado sejais, meus Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa, produz frutos diversos, flores e ervas.”
Cântico das criaturas, S. Francisco de Assis
Na encíclica, o papa Francsico diz que “esta irmã protesta pelos males que lhe provocamos, por causa do abuso dos bens que Deus pôs nela.”
Como que a prever as resistências àquela que muitas chamam de “encíclica verde”, o Papa já tinha avisado no início da semana que esta era “dirigida a todos”.
A Fábula do Beija-Flor
Era uma vez um Beija-Flor que fugia de um incêndio juntamente com
todos os animais da floresta. Só que o Beija-Flor fazia uma coisa
diferente: apanhava gotas de água de um lago e atirava-as para o fogo. A
águia, intrigada, perguntou: – “Ô bichinho, achas que vais apagar o
incêndio sozinho com estas gotas?” – “Sozinho, sei que não vou”,
respondeu o Beija-Flor, “mas estou a fazer a minha parte”.
Envergonhado, a águia chamou os outros pássaros e, juntos, todos entraram na luta contra o incêndio.
Vendo isto, os
elefantes venceram seu medo e, enchendo suas trombas com água, também
corriam para ajudar. Os macacos pegaram cascas de nozes para carregar
água. No fim, todos os animais, cada um de seu jeito, acharam maneiras
de colaborar na luta. Pouco a pouco, o fogo começou a se debilitar
quando, de repente, o Ser Celestial da Floresta, admirando a bravura
destes bichinhos e comovido, enviou uma chuva que apagou de vez o
incêndio e refrescou todos os animais, já tão cansados – mas felizes…
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/terra-aproximase-a-passos-largos-de-uma-nova-extincao-em-massa-1699591
ResponderEliminarMuito se escreveu até hoje e disse mas não se avançou nem um (1)mm. OS HOMENS e as mulheres da GREENPEACE continuam, há décadas, a tarefa do BEIJA-FLOR.
ResponderEliminarO HOMEM "CULTO TECNOLÓGICO" continuará o seu caminho para o FIM do PLANETA, tal como o conhecemos - AS GUERRAS do FUTURO serão dirigidas às fontes de água potável e às últimas terras onde, certamente, se irão construir ESTUFAS para alimentar as GENTES do PODER. A grande maioria da população mundial morrerá à fome ou em guerras para sobreviver em defesa, ou conquista, dos poucos alimentos que restarem, num planeta quase sem florestas, fauna e MARES DESPIDOS de VIDA. O HOMEM de HOJE esqueceu que existe o dia de AMANHÃ. Estamos no fim ,
A última palavra será dada pela MÃE TERRA, (...nunca perdoa), que irá viver para quase sempre,
Renascerá mas, desta vez, sem este SER MALDITO de DUAS PERNAS, reflexo das forças do mal - que se desloca em quatro RODAS e plana nos ares, poluindo o seu habitat com milhares de toneladas de combustíveis venenosos, .
ESTAMOS NO FIM-FINALMENTE, não merecemos continuar por cá... A TERRA regenerar-se-á e virão novamente os pássaros e os animais do equilíbrio. O planeta minúsculo será pintado de verde pelas mãos dos DEUSES nas zonas tropicais e, nos oceanos do MUNDO, as baleias regressarão ocupando o lugar dos cruzeiros de luxo que são cidades símbolos de um poder destrutivo, de um TEMPO onde o DINHEIRO foi REI.
Atualmente, as principais causas de extinção são a degradação e a fragmentação de ambientes naturais, resultado da abertura de grandes áreas para implantação de pastagens ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição, incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície. Estes fatores reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e aumentam o grau de isolamento entre suas populações, diminuindo o fluxo gênico entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade genética e, eventualmente, a extinção de espécies. (dados NET)http://www.mma.gov.br/biodiversidade/especies-ameacadas-de-extincao
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Não há lugar quieto na cidade do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar das flores na primavera ou o bater das asas de um insecto.
O que é os homens sem os animais? Se todos os animais se fossem os homens morreriam de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.
Vocês devem ensinar as suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos as nossas que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.Isto sabemos: a terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisa estão ligadas como o sangue que une a família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Chefe Seattle