O banco do jardim
Quando eu morrer
Que me deem flores
Que me deem flores
Como se fossem amores
Perdidos mas encontrados
Na vida da morte
Tudo é permitido
Os amores
As flores
Os abraços
Que me deem flores os meus amores
Aqueles que me perderam
Sem nunca me terem
Os que me tiveram
Sem me terem
Os que me tiveram eternamente
Ai as lágrimas
Derramadas
Choradas
Encontradas
Perdidas
Perdidas
Amargas
Para quê as lágrimas
Se na hora
De as proferir
Elas nunca foram soltadas
Remorsos
Dor
Amargura
Saudade
Agora que importam
Agora é hora de ir
De partir
De repousar
O coração que amou
A ti
A ti
E a ti
E que nunca te encontrou
Numa nuvem suave
De harmonia
De partilha
De intimidade
De confiança
E assim
Me vou
(Celeste Rebordão)
Sem comentários:
Enviar um comentário