quarta-feira, 2 de abril de 2014

Arco íris de palavras



Elas vinham mansinhas
As palavras
Em harmoniosos
Grupinhos
Dançando e acariciando a face
Tal brisa de cor mate

Veio o vento matreiro
Sacudindo o olmeiro
  A ordem
desfazendo
Das palavras mansas
Etéreas brancas

Ficou o desvario
  À compreensão seguiu-se
A incompreensão
E as palavras mansinhas
Largaram as mãozinhas 
Esconderam-se 

Em qualquer parte

Mas o sol risonho
Da vida senhor
Não ignorou o destino
Das palavras castas
Brilhou

Aqueceu-as
E elas sorrindo

Vestidas de candura
Corajosas
Potentes
Brilhantes
Deslizaram felizes
Procuraram-se 
 Uniram-se
Tal arco íris na vida
Da gente pura

(Celeste Rebordão)

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