Elas vinham mansinhas
As palavras
Em harmoniosos
Grupinhos
Dançando e acariciando a face
Tal brisa de cor mate
Veio o vento matreiro
Sacudindo o olmeiro
A ordem desfazendo
Das palavras mansas
Etéreas brancas
Ficou o desvario
À compreensão seguiu-se
A incompreensão
E as palavras mansinhas
Largaram as mãozinhas
Esconderam-se
Em qualquer parte
Mas o sol risonho
Da vida senhor
Não ignorou o destino
Das palavras castas
Brilhou
Aqueceu-as
E elas sorrindo
Vestidas de candura
Corajosas
Potentes
Brilhantes
Deslizaram felizes
Procuraram-se
Tal arco íris na vida
Da gente pura
(Celeste Rebordão)
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