sexta-feira, 20 de agosto de 2021

A voz da Terra Mãe...

 ...que me chama e me acolhe,,,





Que me chama e eu respondo, prontamente, "Presente".
E a viagem passa num instante,,, e as imagens acompanham-me e os gestos repetem-se.
Infelizmente, o motivo da minha ida repentina não foi concretizado pois a intenção principal e inicial  era acompanhar à última morada uma senhora, amiga da minha Mãe, a senhora Benvinda.
Mas o funeral realizou-se de manhã e só soube depois de almoço mas fica a intenção.
A senhora Benvinda era doce, as palavras cadenciadas, sempre no mesmo tom e no mesmo ritmo. O sorriso presente no rosto. É assim que a recordo. Fez presença na vida da minha família desde que me lembro... desde a nossa infância no Chão da Bica. A sua família vivia numa quinta vizinha um pouco mais abaixo da nossa. Os seus filhos tinham idades aproximadas, como as nossas, e também eram muitos como nós. Brincávamos juntos quando queriamos e encontrávamo-nos no caminho para a escola. As mães orientavam as nossas vidas. Eram elas as figuras marcantes. Eram elas os pilares da família.
Sinto uma estima imensa por todas as Mães da minha infância porque elas preocupavam-se com todas as crianças e não apenas com os seus filhos; olhavam por nós.
A senhora Benvinda foi uma pessoa marcante nesses primeiros anos da minha vida.

Os meus sentidos sentimentos pela sua partida a todos os filhos, a toda a família.





Estar com a minha irmã mais nova e a minha afilhada foi  o que me acalentou nessa viagem,,, ir à Sra. Da Orada ver a SENHORA,,, encher os garrafões de água fresquinha, o silêncio no lusco fusco...



Jantamos sob a abóboda do Céu tão estrelado, incomparável,,,
A boa companhia,,,
Cila, Francisca e o primo João da tia Palmira...
A brisa agitava a folhagem, os sons da água a correr e da  noite embalavam-nos e os gatos andavam por ali à espera de alguma migalha... e a conversa amena soltava-se...
Obrigada a todos.


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