sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Exposição de Pintura ECOS - Grupo Artefacto


Celeste Rebordão

Grupo Artefacto

Teresa Trigalhos - Zoran Smiljanic - Carlos Gargaté - Elsa Oliveira




  Na Sala da Nora do Cine-Teatro Avenida, Castelo Branco


De 3 de novembro até ao próximo 2 de dezembro



E o ancião já cego, adverte:

- É nos grandes silêncios que encontramos os nossos próprios olhos e a alma nos transporta à essência dos sentidos.

- Sê fiel, afaga-te a ti mesmo no grande retorno à origem dos apelos, rejeitados por imposição de quem se recusou a ver.

- Sê gentil e deixa que se abra o portão do recolhimento e a entrega, sobre os gonzos ameaçadores da liberdade.

Teresa Trigalhos

















sexta-feira, 12 de outubro de 2012

CARAMBA - Exposição de Pintura de Paula Stroobants

Celeste Rebordão



          A Exposição de Paula Stoonbants, CARAMBA, esteve na SALA DA NORA do Cine Teatro de Castelo Branco de 8 a 30 de Setembro...



 Barco à deriva que acaba de acostar.
Agora estou aqui.
O meu trabalho define a minha expressão: doce, descomplexada, sensível, (un petit peu) provocante, constituída de curvas e contracurvas. Gosto de fazer imergir, minimalismo, poesia e nas minhas personagens, os actores a dialogar.
Eu sou o instrumento de Deus para ver o link no infinito. (que assim seja).
Por fim uma amostra ecléctica de liberdade.

Paula Stroobants, artista...


...Esta exposição foi uma das que me marcou e que, diariamente, relembro  por isso aqui deixo o registo de algumas das obras e do dia da sua inauguração...


Paula Stroobants, utiliza as técnicas do pastel, lápis, acrílica e mista na elaboração das suas obras...

  • Expo coletiva no cae fig da foz, 04/2011 Premiada pelo Correio da Manhã (ilustração sobre pedofilia) 04/2004 
  • Stage 2009/2010 atelier, (MÁRIO SILVA) 
  •  Atelier de JACQUES BIOLLEY,1992/2002. atelier, lausanne de YVES DANA


...lindas...



...a Arte acompanha-nos, faz-nos falta, alimenta-nos, coloca-nos um sorriso no rosto, ilumina-nos a vida...é impensável seguir o meu CAMINHO sem ter ao meu lado ou no meu olhar uma pintura, uma escultura, um LIVRO, uma música, um filme, uma peça de Teatro, um bailado, uma ÓPERA... (Celeste Rebordão)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

MEIO CORPO - Exposição de Pintura de António Romão







SALA DA NORA
de 6 a 28 de Outubro de 2012


António Romão, expõe pela primeira vez em 1994 no Instituto da Juventude.
É convidado a expor no Museu Grão Vasco em Viseu.
Volta a expor no Instituto da Juventude anos mais tarde.
Expõe na Galeria Artemísia com Francisco Chichorro e outros.
Mostra os seus trabalhos por várias vezes na Casa do Arco do Bispo em Castelo Branco.
É em 2005, por sugestão de José Saramago, que se realiza a exposição “ PÁSSAROS NEGROS” da sua autoria na Galeria das Salgadeiras em Lisboa.
Mais tarde participa numa mostra de arte na Casa Fernando Pessoa, pela mão de Gonçalo Salvado.
Participa na colectiva de pintura “CALIGRAFIAS” no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, organizada por Maria João Fernandes.
A convite do Cybercentro de Castelo Branco expõe “ERÓTICA”.
Neste mesmo local tem vindo a expor regularmente: podendo-se destacar a mostra de desenhos “ IT MAY NOT ALWAYS BE SO”, inspirados em poemas do poeta Cummings.
Ainda no Cybercentro mostra “SEDA” série pela qual o autor nutre algum afecto.
Em 2011, passados dezassete anos da sua primeira exposição, realiza-se “O ROSTO DO POLÉM” retrospectiva com 17 trabalhos do autor.
Obras suas fazem parte da colecção de António Lobo Antunes, Eugénio de Andrade, José Saramago, Gonçalo Salvado, Joaquim Barata, António Silveira, entre outros.
Instituições possuem obras suas: Instituto Português da Juventude, Hospital Amato Lusitano, Junta de Freguesia de Castelo Branco, Cybercentro de Castelo Branco, Conservatório de Castelo Branco.



Todas as obras parecem tão simples mas são profundas e cativam o nosso olhar...



António Romão comentou na sessão de inauguração "hoje é um dia feliz" ... também para mim foram momentos de felicidade... 


...a não perder até 28 de outubro, na Sala da Nora do Cine Teatro.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Consciência Cósmica


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Sempre a reflexão a acompanhar o dia na busca de respostas. O que desconhecia sobre a origem ou o significado do sentir deste meu estar permanentemente alerta e em equilíbrio comigo e com o mundo. Tudo tão simples, afinal...


Consciência cósmica é o despertar em nós mesmos, e descobrir o caminho mais curto para ampliar os horizontes, ampliar nossos conceitos para novos entendimentos e derrubar paradigmas pré-formados por antigos conceitos do passado e se abrir aos novos que contenham paz, amor e a verdadeira fraternidade, ficando na certeza consciente de que somos todos um, aqui, na nossa Mãe Terra.

"A Consciência Cósmica"
Eu e o Pai somos um!
Ubguram
Extraido do Livro "Estudo da Evolução da Mente Cósmica", Biblioteca Rosacruz, de Richard M. Bucke
Descortinar o Universo conhecido representa para nossas mentes uma série de rampas graduais, cada uma delas apartadas da seguinte por um espaço aberto que parece ser um abismo. Entre o lento e uniforme desenvolvimento do mundo inorgânico, preparando-0 para receber e sustentar criaturas vivas e o crescimento e desdrobamento mais rápido das formas vitais, ocorreu o que parece ser um hiato entre os mundos inorgânicos e orgânicos e o salto que o cobriu. Dentro desse hiato ou abismo residia a substância ou sombra de um Deus cuja mão se faz necessário para guiar e transpor os elementos do plano inferior ao superior. Mais tarde, na história da Criação surge o princípio da Consciência simples. Determinados indivíduos, liderando espécies no lento desenvolver-se da vida no planeta, de repente, pela primeira vez tornam-se conscientes, perceberam que existe um mundo, algo fora deles. Esse passo do inconsciente para o consciente impressiona-nos como um acontecimento imenso, milagroso e Divino tal como a passagem do inorgânico para o orgânico. Outra vez percebemos uma longa, gradual e estável ascensão da Consciência simples até que essa atinge o seu ponto excelente nos melhores tipos pré-humanos e nesse ponto confrotamo-nos com outro salto comparável aos que, na ordem do tempo, o precederam: o hiato entre a Consciência simples e a Autoconsciência, o barranco ou abismo profundo que separa, de um lado o bruto, do outro o Homem. Durante centenas de milhares de anos deu-se uma ascensão que aos olhos humanos parece gradual, mas que do ponto de vista da evolução Cósmica foi rápida. Numa raça de cérebro desenvolvido, caminhando ereta, gregária, animalesca, embora rainha de todos os outros animais, humana na aparência, embora não de fato, nasceu da Consciência simples mais elevada a faculdade humana básica: a Autoconsciência e sua irmã gemea, a linguagem. Disso e do que com isso veio, pelo sofrimento, trabalho árduo e guerra, através da bestialidade, selvageria e barbárie, pela escravidão, ganância e esforços pelas conquistas sem fim, através de inúmeros fracassos, de lutas intermináveis, por eras de existência semi-animalesca, através da sobrevivência com sementes e raízes, pelo uso de pedra e da madeira casualmente descoberta, pela vida nas florestas profundas, tendo nozes e sementes como alimentos, e nas praias, sobrevivendo com moluscos, crustáceos e peixes, pela talvez maior das vitórias humanas, a domestificação e a subjugação do fogo, pela invenção e uso do arco e flecha, por domar os animais e usá-los nos trabalhos da terra, pela longa aprendizagem no cultivo do solo, pela descoberta do adubo e construção de casas, pela fundição de metais e lento nascimento dos ofícios a eles ligados, pela lenta elaboração de alfabetos e evolução da palavra escrita; simplificada por milhares de séculos de vida humana, de aspiração humana, de crescimento humano, expandiu-se o mundo de homens e mulheres tal como hoje se apresenta diante de nós. Será isso tudo? Será isso o fim? Não. Tal como a vida surgiu num mundo sem vida, tal como a Consciência simples brotou onde antes havia apenas matéria, tal como a Autoconsciência derivou da Consciência simples e impôs-se à Terra e ao mar, assim também a raça humana, que desde então se estabeleceu, sem princípio e sem fim, ascenderá galgando novos degraus (no momento aproxima-se do seguinte) e alcançará uma vida mais elevada do que a que pode ser agora experimentada ou até mesmo imaginada.

"Da Autoconsciência à Consciência Cósmica"
A Consciência Cósmica é uma faculdade nascente, emergente. Ela surge sobretudo em indivíduos altamente desenvolvidos, homens com bom intelecto, altas qualidades morais, compleição física superior. Surge no período de vida em que o organismo se acha no auge de sua eficiência entre os 30 e 40 anos. Parece que o precursor da Consciência Cósmica, a Autoconsciência, também surgiu na meia idade, em casos isolados, tornando-se universal a medida que a raça se desenvolveu, manifestando-se em idade cada vez mais jovem, até que no indivíduo normalmente constituído, surge por volta dos 3 anos de idade. Chegará um momento em que a ausência da Consciência Cósmica será um sinal de inferioridade semelhante a ausência da natureza moral, nos dias de hoje. O novo sentido se tornará cada vez mais comum e aparecerá em idades sempre mais jovens, até que, depois de muitas gerações, aparecerá em todo indivíduo normal por volta da puberdade, ou ainda mais cedo. Então tornando-se cada vez mais universal e aparecendo em idades mais jovens, depois de milhares de gerações, surgirá imediatamente após a infância em praticamente todos os membros da raça.

"Sinais da Consciência Cósmica"
"Luz Subjetiva"
De repente a pessoa tem a sensação de estar envolta em uma chama ou nuvem rosa, ou talvez a impressão de que a própria mente está cheia dessa nuvem de neblina.
"Elevação Moral"
No mesmo instante, ele sente-se invadido por uma emoção de alegria, segurança, triunfo "salvação".
"Iluminação Intelectual"
Acompanhando simultaneamente ou instantaneamente a sensação acima referida e as experiências emocionais, surge na pessoa uma iluminação intelectual impossível de ser descrita. Como um clarão, apresenta-se à sua consciência uma clara concepção do sentido do universo.
"Consciência da Imortalidade"
Juntamente com a elevaçào moral e a iluminação intelectual vem a consciência da imortalidade.
"Perda do Medo da Morte"
Com a iluminação, o medo da morte, que assalta a tantos homens e mulheres ao longo de suas vidas desaparece, não como resultado de um raciocínio, mas apenas porque se desvanece.
"Perda da Consciência do Pecado"
O mesmo podemos dizer sobre a consciência do pecado. Não que a pessoa escape do pecado, mas ela não vê no mundo pecado do qual deva esquivar-se.
"Instantaneidade e Subtaneidade do Despertar"
A característica mais especial da Iluminação reside no fato de ser instantânea. Só podemos compará-la a um clarão de luz na escuridão da noite, revelando a paisagem que se achava escondida.
"O Caráter Anterior do Homem, Intelectual, Moral e Físico"
O caráter anterior do homem que atinge a nova vida é um elemento importante no caso.
"A Idade da Iluminação"
Assim também ocorre com a idade em que se dá a iluminação, ocorrendo entre os 30 e 40 anos de idade.
"O Acrécimo de Encanto à Personalidade"
O encanto acrescentado à personalidade da pessoa que alcançou a Consciência Cósmica que passa a atrair os indivíduos é sempre uma característica no caso.
"Transfiguração"
No instante que a Consciência Cósmica ocorre e um certo tempo depois, há uma mudança na aparência do sujeito que passa pela iluminação.

Algumas Personalidades que atingiram a Consciência Cósmica:
Moisés, Gideão, Isaias, Gautama, Sócrates, Jesus, Paulo, Plotinus, Maomé, Roger Bacon, Dante, Las Casa, Juan Yepes, Francis Bacon, Boehme, Pascal, Spinoza, Madame Guyon, Swedemborg (Aos 54 anos), Gardiner, Blake, Balzac, Whitman, Carpenter, J. William Lloyd.
(www.professores.uff.br/pitagoras/mexas/cristo-cosmico/comcos.html)


"Código de Ética dos Índios Norte-Americanos
Criado pelo conselho indígena intertribal norte-americano"

Levante com o Sol para orar.
Ore sozinho. Ore com freqüência.
O Grande Espírito o escutará, se você ao menos falar.
Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho.
A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza,
originam-se de uma alma perdida.
Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito.
Procure conhecer-se por si mesmo.
Não permita que outros façam seu caminho por você.
É sua a estrada, e somente sua.
Outros podem andar ao seu lado,
mas ninguém pode andar por você.
Trate os convidados em seu lar com muita consideração.
Sirva-os o melhor alimento, a melhor cama
e trate-os com respeito e honra.
Não tome o que não é seu.
Seja de uma pessoa, da comunidade,
da Natureza ou da cultura.
Se não lhe foi dado, não é seu.
Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra.
Sejam elas pessoas, plantas ou animais.
Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas.
Nunca interrompa os outros
nem ridicularize, nem rudemente os imite.
Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.
Nunca fale dos outros de uma maneira má.
A energia negativa que você colocar para fora,
no Universo,
voltará multiplicada para você.
Todas as pessoas cometem erros.
E todos os erros podem ser perdoados.
Pensamentos maus causam doenças
da mente, do corpo e do espírito.
Pratique o otimismo.
A Natureza não é para nós, ela é uma parte de nós.
Toda a Natureza faz parte da nossa família terrenal.
As crianças são as sementes do nosso futuro.
Plante amor no seu coração e o ágüe
com sabedoria e lições da vida.
Quando forem crescidos,
dê-lhes espaço para que continuem a crescer.
Evite machucar o coração das pessoas.
O veneno da dor causada a outros, retornará a você.
Seja sincero e verdadeiro em todas as situações.
A honestidade é o grande teste para a nossa herança do Universo
Mantenha-se equilibrado.
Seu corpo Espiritual, seu corpo Mental,
seu corpo Emocional e seu corpo Físico,
todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis.
Trabalhe o seu corpo Físico
para fortalecer o seu corpo Mental.
Enriqueça o seu corpo Espiritual
para curar o seu corpo Emocional.
Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá.
Seja responsável por suas próprias ações.
Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros.
Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas,
especialmente, objetos religiosos e sagrados.
Isto é proibido.
Comece sendo verdadeiro consigo mesmo.
Se você não puder nutrir e ajudar a si mesmo,
você não poderá nutrir e ajudar os outros.
Respeite outras crenças religiosas.
Não force suas crenças sobre os outros.
Compartilhe sua boa fortuna com os outros.
Participe com caridade.
Nós os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O dia dos Avós...


Dia dos Avós... 

...neste dia que acordou lindo com duas chuvadas enormes que se abateram sobre a cidade...
...foi assim que despertei, com uma sensação de molhado num braço...e era a chuva que realmente entrava pela janela sempre aberta, sempre de persiana por correr...é assim que adoro acordar e sentir a luminosidade do dia a chegar, os sons do despertar da natureza e da vida lá fora. O som dos passarinhos já na labuta do dia...sim, porque os outros ruídos, os das pessoas a trilharem mais um dia, só chegam depois...depois de ver a chegada do astro-rei por entre os prédios no horizonte, por entre as sombras do relevo...e é sempre uma emoção!
Por tudo isto, sinto uma enorme sensação de felicidade logo pela manhã, que apenas é perturbada por aquilo que me rodeia e nunca pela minha forma de estar perante a vida... Dizem que o que não nos destrói nos torna mais fortes...e é o que sinto após algumas situações da vida que nos apanharam sem avisarem, neste percurso ... 


O que me despertou de novo esta vontade de escrever, adormecida já há alguns meses, foi a gratidão pela pessoa que me deu a vida...a minha MÃE... a AVÓ dos meus filhos, o João e o Bernardo... Recordo perfeitamente o dia em que ela se tornou avó pela primeira vez...num dia de outono, no dia 8 de outubro ... a Bélinha veio ao mundo com choro repetido após algumas passagens rápidas das pessoas que assistiam a tão importante chegada...a minha mãe, nos seus trinta e oito anos, era avó pela primeira vez... a Bélinha nasceu na "NOSSA" casa...sob as ordens e o saber da Sra. Celeste Dias... ela era quem ajudava a nascer as crianças na minha Vila, no tempo em que as crianças ainda vinham ao mundo na casa da família...no tempo em que nas famílias se "olhava" uns pelos outros...neste caso, o da minha irmã mais velha cujo marido se encontrava a cumprir o serviço militar...tudo emoção, tanta emoção que passa pelos meus olhos... são estas recordações de um sentir sublime que agradeço à minha mãe... à Bélinha seguiram-se o João Manuel e o Nuno Miguel, a Sandra e o Miguel, o Hugo e o Rui Paulo, a Margarida e a Patrícia, o João Daniel e o Bernardo, a Raquel e o Bruno e o Zé Luís e, por último a Francisca...São estes, todos estes, os netos da minha mãe...Hoje bisavó do Francisco, do Guilherme e da Nádia ... 

Todos flores, netos e bisnetos da mais linda flor... 




 
Todos eles amam a avó Tomázia...sei-o sem perguntar...sei-o porque sinto este amor que não cabe no mundo pela pessoa mais BELA do mundo...a que me deu a conhecer a mãe coragem, a mãe compreensão, a mãe generosidade, a mãe tolerância, a mãe respeito, a mãe presente...

Ontem, hoje e para sempre, no meu olhar o teu Sorriso... Mãe!



...Obrigada, Mãe e Pai, sempre e para sempre... 




segunda-feira, 7 de maio de 2012

O Dia da MÃE...


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Ontem foi o Dia da Mãe!!!
Dia lindo no Coração...
Dizem muitos que é um dia como os outros...
Então porque este sorriso no rosto o dia todo?!
Porque havemos de pensar e comentar só os males que assolam o mundo?
Porque não viver um dia o momento que dá a VIDA à vida?
Ser Mãe é o mais belo de todos!
Mãe e Pai...
Pai e Mãe...
Simbiose perfeita que resulta em vida nova...
Pois... sei que nem tudo é perfeito.
Sei que há filhos que não nascem dum ato de amor...
Sei que há casais que optam por se separar...
Sei que há filhos que não estimam os pais...
Sei que há pais que não orientam os filhos...
Mas, ser mãe é sempre uma ligação única e eterna...
Aqui fica o meu amor pela minha mãe...
Num tempo em que, também, a vida não era fácil...
Em que as lágrimas corriam, também muitas vezes, em silêncio pelo rosto...
Num tempo em que, também, nem tudo era perfeito...
E ELA sempre teve um corpo só de coração...
Um corpo pleno de amor que transbordava em lágrimas e sorrisos...
Hoje sou mãe...
Aqui fica o meu amor pelos meus filhos...
Nem tudo são rosas... mas em tempo algum tudo foram rosas...
Obrigada à vida por tudo o que nos dá!
(Celeste Rebordão)




Poema à Mãe

No mais fundo de ti,

eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou

o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras

que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo

são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas

que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,

talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;

esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —

às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração

rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:

Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas — tu sabes — a noite é enorme,

e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.

Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.


(Eugénio de Andrade, in "Os Amantes Sem Dinheiro")





Também eu, também eu,
joguei às escondidas, fiz baloiços,
tive bolas, berlindes, papagaios,
automóveis de corda, cavalinhos...

Depois cresci,
tornei-me do tamanho que hoje tenho.
Os brinquedos perdi-os, os meus bibes
deixaram de servir-me.
Mas nem tudo se foi:
ficou-me,
dos tempos de menino,
esta alegria ingénua
perante as coisas novas
e esta vontade de brincar.
Vida!
não me venhas roubar o meu tesoiro:
não te importes que eu ria,
que eu salte como dantes.
E se riscar os muros
ou quebrar algum vidro
ralha, ralha comigo, mas de manso...

(Eu tinha um bibe azul...
Tinha berlindes,
tinha bolas, cavalos, papagaios...

A minha Mãe ralhava assim como quem beija...
E quantas vezes eu, só pra ouvi-la
ralhar, parti os vidros da janela
e desenhei bonecos na parede...)

Vida!, ralha também,
ralha, se eu te fizer maldades, mas de manso,
como se fosse ainda a minha Mãe...

(Sebastião da Gama)