Há pessoas...
Há pessoas para as quais apenas as aparências contam...
Fazem tudo para serem consideradas as melhores...
Só que neste frenesim de alcançarem esse estatuto esquecem-se da inteligência dos
que as rodeiam e no ridículo em que, a maior parte das vezes, incorrem.
Há pessoas para as quais apenas as aparências contam...
Fazem tudo para serem consideradas as melhores...
Só que neste frenesim de alcançarem esse estatuto esquecem-se da inteligência dos
que as rodeiam e no ridículo em que, a maior parte das vezes, incorrem.
Não é aquilo que se vê que conta... Conta sobretudo o que não se vê...
O anonimato não é menos importante...
Ser-se apenas mais um entre milhões...
Ser apenas mais uma gota de água deste imenso oceano onde vivemos...
Peca-se quer por excesso quer por defeito...
Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.
Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.
Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato.
Fernando Pessoa
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.
Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.
Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato.
Fernando Pessoa
E quando não há mais nada a fazer bebe-se um bom vinho, ouve-
se (sem h) uma boa música, pensa-se em quem gostamos e dizemos "a vida é
bela".
Que ironia...
Mas continuamos sobretudo a sermos nós mesmos!
Não embarcamos em facilitismos...Never!
Nunca te rendas à mediocridade, ao fingimento, ao parecer... Porque um dia
poderás
pensar que essas formas de estar são as normais...
se (sem h) uma boa música, pensa-se em quem gostamos e dizemos "a vida é
bela".
Que ironia...
Mas continuamos sobretudo a sermos nós mesmos!
Não embarcamos em facilitismos...Never!
Nunca te rendas à mediocridade, ao fingimento, ao parecer... Porque um dia
poderás
pensar que essas formas de estar são as normais...
"Come chocolates pequena..."
ResponderEliminar(Come chocolates, pequena; Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
Álvaro de Campos, Tabacaria (excerto)
Obrigada, Álvaro!
ResponderEliminarBastava ESTE POEMA para fazer de Fernando Pessoa
um POETA GRANDE!