quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

LIXO LIXO LIXO...



Desde sempre fui sensível às alterações climáticas causadas pelo elevado grau de poluição do ar e ao aumento das temperaturas, sensível à poluição das águas, sensível à quase extinção de algumas espécies devido à desflorestação, ao degelo... tudo isto num ciclo vicioso e maldito que não há convenções que o dominem, que o travem...

Desde sempre que ensinei e motivei os meus filhos para a separação do lixo doméstico, o contentor com as divisórias ainda se encontra no mesmo local na cozinha e a todo o momento é utilizado... dizia-lhes "não custa nada colocar o plástico, o vidro, o papel e os metais nos lugares próprios, seguidamente irão ser reciclados e dar origem a novas embalagens, a novo papel, poupando-se recursos e ajudando o ambiente". E eles entendiam... Era, e é, uma gota de água, eu sei, mas a nossa contribuição possível para ajudar o planeta a tornar-se mais saudável.

Mas há dias senti-me traída e indignada após ver a reportagem da jornalista Sandra Felgueiras sore as toneladas de lixo que o nosso país recebe de Itália... o nosso e outros países... Lixo sem separação onde o plástico e outros materiais poluentes se misturam num horror ao olhar... a céu aberto...

Para enriquecer quem???

E eu a pensar que o meu esforço em separar e em educar para hábitos amigos do ambiente era uma contribuição para a melhoria do  ambiente... para a recuperação de habitats... para um planeta mais saudável...

Triste constatar que grandes interesses se sobrepôem a uma vida com mais saúde (o numero de aparecimento de novos tumores e de  doenças respiratórias e de pele a aumentar de uma forma dramática)...



Os 3 Rs

Reduzir, Reutilizar e Reciclar


A evolução da quantidade de produtos disponíveis no mercado e da forma como estes são colocados à disposição do consumidor tem conduzido a um aumento significativo da produção de resíduos.


Este crescimento tem conduzido a um largo debate envolvendo várias questões ambientais associadas à sustentabilidade do planeta, num cenário em que o aumento do consumo se reflecte proporcionalmente na quantidade de resíduos que é necessário eliminar.


A extração de matérias-primas da natureza tem enormes impactes ambientais associados, acrescendo os elevados consumos de água e energia implicados não só na fase de extração mas também de transporte, transformação e fabrico dos produtos.


Esta tendência conduziu, por sua vez, a um segundo problema: falta de espaço para instalar aterros onde eliminar os resíduos produzidos, bem como a necessidade de resolver os impactes ambientais dos mesmos, nomeadamente a produção de águas lixiviadas e de metano, um gás com elevado potencial de aquecimento global.


Foi a partir daqui que surgiu a necessidade de alterar a forma como os resíduos eram vistos, começando pela necessidade de reduzir a sua produção. Criou-se assim um novo conceito, a política dos 3Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.


A política dos 3 Rs consiste num conjunto de medidas de ação adotadas na Conferência da Terra realizada no Rio de Janeiro em 1992, bem como no 5º Programa Europeu para o Ambiente e Desenvolvimento de 1993. Esta política aplica-se e é válida para todo o tipo de resíduos/efluentes sólidos, líquidos e gasosos.


O seu cumprimento deve ser feito precisamente por esta ordem, de modo a evitar ao máximo a produção de resíduos e, só quando não existe nenhum tipo de reutilização possível, é que este o resíduo deve ser encaminhado reciclagem. Caso não haja possibilidade de reciclagem, o encaminhamento deve ser feito para o lixo indiferenciado.


Assim, o primeiro passo para resolver o problema da gestão dos resíduos passa por reduzir a quantidade de lixo produzido.

Na compra de novos artigos, é de extrema importância adquirir produtos que sejam reutilizáveis, como guardanapos de pano, sacos de pano para as compras diárias, embalagens reutilizáveis para armazenar alimentos, etc.

Além da preferência por produtos reutilizáveis, existem outros cuidados importantes:
- Comprar apenas o necessário, evitando desperdícios;
- Imprimir ou copiar apenas o necessário e nas quantidades necessárias;
- Sempre que possível optar por produtos sem embalagem (ex: frutas e legumes);
- Preferir as embalagens grandes às pequenas;
- Recusar publicidade não endereçada.



Quanto maior for o número de vezes que uma embalagem é reutilizada, mais tempo levará a entrar no circuito do lixo. Desta forma, otimiza-se a sua utilização e tira-se um maior proveito da matéria-prima, energia e água gastas na sua produção.



Recorrendo à criatividade, é possível aproveitar diversos materiais para novas funcionalidades, evitando a produção de resíduos. Alguns exemplos:

- utilizar caixas de calçado para arrumação de utensílios diversos;
- utilizar caixas da comida de take away (que no entanto devemos tentar consumir o mínimo possível) ou de gelados, para guardar os restos de comida no frigorífico ou para levar o almoço para o trabalho;
- utilizar o verso de folhas impressas para rascunho;
- imprimir a frente e o verso do papel;
- se possível, utilizar restos de orgânicos, como frutas e legumes, para fazer adubo (compostagem).



Não havendo possibilidade de evitar a produção do resíduo nem de reutilizar o produto, deve-se separar o material parareciclagem. Desta forma procura-se reaproveitar a energia e as matérias-primas gastas nesse produto na sua transformação num novo produto, cujo fabrico terá um menor impacte ambiental comparando com a produção de um produto de raiz.

Atualmente, são já inúmeros os materiais possíveis de reciclar e valorizar.

http://www.quercus.pt/residuos/3608-os-3-rs


TOP 10 das Espécies do Planeta - As Dez Espécies Mais Ameaçadas do Mundo



A WWF publicou a sua lista das 10 espécies mundiais mais ameaçadas em 2010 e às quais irá dedicar uma especial atenção durante este ano.
As espécies escolhidas pela organização mundial de conservação são apenas algumas de um vasto universo que está a ser ameaçado de forma preocupante e negligente pela perda de habitats, pela caça ilegal e as alterações climáticas.
Como manter o Planeta Vivo é uma tarefa que depende de cada um de nós, e aproveitando ser 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade, a WWF deixa o apelo, a quem queira manter vivas as espécies ameaçadas, que ajude a WWF na sua missão de conservação da biodiversidade do Planeta.

Tigre

  • Estudos recentes indicam que existem apenas 3.200 tigres (Panthera tigris) no seu habitat natural.
  • A distribuição territorial da espécie diminuiu em 40% nos últimos dez anos, o que faz com que os Tigres ocupem menos de 7 % do território originalmente ocupado.
  • O desflorestação acelerada e o aumento da caça clandestina de espécies exuberantes pode conduzir as populações de tigre para o mesmo destino que os seus já extintos parente próximos: os tigres de Java e Bali. A caça furtiva ao tigre tem como principal objectivo a recolha de algumas partes dos seus corpos para uso na medicina tradicional Asiática, por seu lado as peles destes animais são altamente cobiçadas no mercado.
  • Adicionalmente, o aumento do nível do mar devido às alterações climáticas, ameaça o habitat natural destas populações de tigres na Índia e Bangladesh: os mangais. A WWF procura desempenhar um papel activo e importante na implementação de novas medidas estratégicas para salvar este grande felino asiático.
Confira a reportagem sobre esta espécie com Nicholas Cox, coordenador da WWF no Laos
   
 © Martin Harvey / WWF
© Martin Harvey / WWF

Urso Polar

  • O Urso Polar do Ártico (Ursus maritimus) converteu-se no ícone simbólico das mais recentes vítimas de perda de habitats devido às consequências nefastas das mudanças climáticas.
  • Classificado como uma espécie em perigo, pela Acta dos Estados Unidos sobre Espécies Ameaçadas, o urso polar pode extinguir-se das planícies gélidas do Árctico no próximo século, se a tendência de aumento de temperatura naquele território se mantiver.
  • A WWF apoia investigações no campo que procuram entender como as alterações climáticas afectam a vida desta espécie e procura desenvolver estratégias de adaptação. O trabalho da organização de conservação é desenvolvido em estreita colaboração com os Governos e Indústrias na tentativa de se reduzirem ameaças de actividades industriais e comerciais desenvolvidas naquela zona, como transportes, exploração de gás e petróleo. A WWF procura ainda minimizar os confrontos entre a comunidade local e os ursos, que possam ocorrer devido a questões ligadas com o território e alimentação.
  
 © David Jenkins WWF
© David Jenkins WWF

Morsa do Pacífico

  • O mar de Chuckchi e o mar de Bering no Árctico são o lar da morsa do Pacífico (Odobenus rosmarus divergens), outra das principais vítimas das alterações climáticas.
  • Em Setembro de 2009 foram encontradas mortas cerca de 200 morsas na costa do mar Chuckchi, no Alaska. Estes animais dependem das placas de gelo flutuante para descansar, darem à luz, amamentar e protegerem as suas crias dos predadores. Com o intenso degelo no Árctico, esta espécie perdeu uma enorme percentagem do seu extenso habitat, de tal forma que nesse mesmo mês, os Serviços Norte americanos de Vida Selvagem e Pesca nomearam a morsa para elencar a Acta dos Estados Unidos sobre Espécies Ameaçadas

Pinguim de Magalhães

  • Já anteriormente ameaçados devido aos derrames de crude, os pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) enfrentam agora a escassez e quase desaparecimento dos peixes que lhes servem de alimento. Derivado ao aumento da temperatura da água do mar, os peixes afasta-se cada vez mais dos seus locais de origem e obrigam os pinguins a viajar mais para procurarem alimento. Em 2008, centenas de pinguins chegaram às praias do Rio de Janeiro (Brasil), muitos deles já sem vida outros moribundos.
  • Os cientistas especulam se as variações de temperatura nas correntes marítimas, ligadas aos fenómenos das alterações climáticas, serão a causa para este fenómeno raro de pinguins em praias de areia em vez de gelo.
  • Actualmente 12 das 17 espécies de pinguins existentes estão a sofrer fortes diminuições nas suas populações.

Tartaruga de Couro

  • A tartaruga de Couro (Dermochelys coriacea) é a maior das tartarugas marinhas e um dos répteis que assegurou a sua sobrevivência durante centenas de milhares de anos. No nosso milénio, são das espécies que enfrentam o mais grave perigo de extinção.
  • Estimativas recentes indicam que a população desta espécie sofre um acentuado declínio, em particular no Pacífico, onde se calculam que apenas existam 2.300 tartarugas – tornando a tartaruga de Couro, a mais ameaçada do mundo.
  • No Atlântico, esta espécie de tartaruga apresenta uma população mais estável, contudo os cientistas prevêem que tal poderá sofrer alterações devido à morte de muitas destas tartarugas em capturas acidentais das embarcações de pesca.
  • Uma ameaça adicional a esta espécie é o aumento do nível do mar assim como o aumento das temperaturas nas praias do Atlântico.
  • O objectivo da WWF é proteger a rota migratória da tartaruga de coro, desenvolvendo um trabalho de consciencialização junto dos pescadores de forma a conseguirem-se encontrar métodos de pesca que não colham as tartarugas, bem como consciencializar as populações locais a proceder à protecção das praias prioritárias para a nidificação das tartarugas e cuidarem da conservação da espécie.

Atum Rabilho do Atlântico

  • O atum rabilho (Thunnus thynnus) é um peixe migratório que se distribui pelas costas Leste e Oeste do Atlântico e se reproduz no Mar Mediterrâneo. É, por isso, uma das espécies seguidas pela programa da WWF Mediterrâneo em Portugal
  • O atum rabilho (ou vermelho) é sobretudo utilizado na gastronomia japonesa de alta qualidade. A espécie encontra-se perto do colapso caso as práticas de captura do peixe permaneçam sem regras que visam a sua sustentabilidade.
  • A proibição temporária da captura do atum rabilho no Atlântico e Mar Mediterrâneo bem como a proibição da comercialização internacional desta espécie poderia permitir a recuperação da espécie.
  • A WWF lançou o apelo aos restaurantes, chefs de cozinha, comerciantes e consumidores que deixem de comprar, vender e consumir o atum rabilho até que a espécie mostre sinais de recuperação.
 
 © Brian J. Skerry /National Geographic Stock / WWF
© Brian J. Skerry /National Geographic Stock / WWF

Gorila da montanha

  • Os cientistas consideram o gorila da montanha (Gorilla beringei beringei) uma subespécie de gorila em perigo crítico de extinção, com apenas 720 indivíduos no seu estado selvagem. Mais de 200, habitam o Parque Nacional de Virunga, localizado na zona este da República Democrática do Congo, na fronteira com o Ruanda e Uganda. Áreas de conflito humano permanente que se repercute na perda dos habitats naturais da espécie e na caça ilegal do gorila da montanha.
  • Graças aos esforços de conservação encetados nos últimos 12 anos em Virunga, a população de gorilas da montanha aumentou cerca de 14% e cerca de 12% em Bwindi, no Uganda, considerado o segundo lar desta espécie.
  • Por Portugal ser o principal importador de madeira tropical oriunda da Republica Democrática do Congo, a WWF desenvolve o Programa da Rede Ibérica de Comércio Florestal, que visa combater a Desflorestação na Bacia do Congo, através de politicas de compras responsáveis de madeira, eliminando os produtos de origem ilegal. Desta forma a WWF combate a exploração florestal ilegal que destrói o habitat do Gorila da Montanha.

Borboleta Monarca

  • Todos os anos, milhões de delicadas borboletas monarca (Danaus plexippus) imigram do Canadá e dos Estados Unidos para passarem o Inverno nas florestas do México.
  • A conservação e protecção efectiva das florestas altas de abetos e pinheiros do México é essencial para a sobrevivência dos locais de hibernação desta espécie de borboleta – processo que já foi identificado como sendo um fenómeno biológico que, não sendo respeitado, levará à extinção da espécie.
  • A protecção dos seus habitats nos Estados Unidos e Canadá é igualmente prioritária e crucial para salvar a migração desta espécie.
  • A WWF desenhou uma estratégica de conservação inovadora para proteger e restaurar o habitat de hibernação das borboletas monarca no México, com vista a protege-las dos climas extremos e outras ameaças. A WWF incentiva, por isso, as comunidades locais a criarem estufas de árvores, que posteriormente são reintroduzidas nas reservas das borboletas mariposa, criando novos fluxos de receitas para os proprietários das florestas.
   
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Rinoceronte de Java

  • Em estado crítico de extinção e na Lista Vermelha da União Internacional de Conservação da Natureza (2009), o rinoceronte de Java (Rhinoceros sondaicus) é considerado o mamífero de grande porte em maior perigo de extinção a nível mundial, com uma população de apenas 60 animais.
  • Altamente procurado para uso em terapias da medicina tradicional chinesa, a população de rinocerontes de Java tem sofrido uma outra perseguição à sua sobrevivência: a conversão do seu habitat (florestas) em zonas de cultivo.
  • A WWF tem marcado presença nas políticas de protecção e conservação do rinoceronte de Java desde 1998, apoiando os guardas florestais a aumentar o patrulhamento das florestas e nas actividades de protecção, desenvolvendo censos da população de rinocerontes, criando uma maior consciência da importância da espécie para as comunidades locais e apoiando a manutenção e gestão de parques.
  • Em Dezembro de 2009, com a ajuda de cães altamente treinados, a WWF conseguiu encontrar provas da existência do único e estranho rinoceronte de Java vietnamita do qual se pensa apenas existirem mais doze exemplares.
 
 © WWF Greater Mekong Programme
© WWF Greater Mekong Programme

Panda gigante

  • O panda gigante (Ailuropoda melanoleuca), símbolo da organização global de conservação WWF desde a sua fundação em 1961, enfrenta um futuro incerto, com menos de 2.500 exemplares no seu habitat natural.
  • As montanhas sud-ocidentais da China, habitat desta espécie, fragmentaram-se o que levou à divisão da população de pandas gigantes e logo, à deterioração da população.
  • A WWF tem colaborado em projectos de conservação do panda gigante durante quase três décadas, conduzindo estudos de campo, trabalhando na protecção dos habitats e, mais recentemente, apoiando o Governo chinês no estabelecimento de um programa de protecção do panda no seu habitat natural através da criação de reservas.
  
 © WWF / Bernard DE WETTER
© WWF / Bernard DE WETTER

Em Portugal...
Águia Imperial

  • A Águia Imperial (Aquila adalberti) é uma ave soberba que ocorre em montados, sobreirais e azinhais que tenham áreas abertas de pastagem ou de cultura de cereais e manchas de mato onde esta ave possa capturar as suas presas principais, nomeadamente o coelho-bravo.
  • A diminuição das populações de coelho-bravo (nomeadamente devido a doenças) assim como a fragmentação do seu habitat preferencial – os montados e bosques de sobreiro e azinheira – são factores de ameaça à ocorrência da Águia Imperial em Portugal.
  • A WWF em Portugal tem encetado acções de protecção e conservação da espécie através do seu habitat preferencial, o montado, e mais recentemente alertando o Governo Português, levando a cabo uma petição para instaurar o Dia da Águia, como forma de consciencializar todos para a necessidade de protecção dos montados e das espécies que dele dependem.
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  • http://www.wwf.pt/o_nosso_planeta/especies/top_10_das_especies_do_planeta___as_dez_especies_mais_ameacadas_do_mundo/


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