segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Luaty Beirão ,,, Ikonoklasta - Bonito PlanetA

 






Há tanto para dizer,,, a reflexão é solitária mas (e) solidária...

Angola, Luanda. Uma mulher atravessa o amontoado de lixo de galochas calçadas 

 







Riqueza produzida por Angola não sobra para distribuir pela população até 2017

Lusa

O Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola admite um crescimento médio da riqueza angolana de 3,5 por cento ao ano até 2017, mas será insuficiente para distribuir pela população.







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A posição foi assumida hoje pelo diretor do CEIC, Manuel Alves da Rocha, na apresentação, em Luanda, do relatório económico anual (2014) da instituição, referindo-se à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) angolano e ao aumento da população.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsariana, com cerca de 1,8 milhões de barris de petróleo por dia, e contava em 2014 com mais de 24,3 milhões de habitantes, devendo registar um crescimento acima de 800 mil pessoas este ano.
Conjugando os efeitos do primeiro recenseamento da população, realizado em Angola em 2014, com a crise da cotação internacional do barril de crude, o Produto Interno Bruto por habitante deverá descer em 2015 para 457.954 kwanzas (3.460 euros), face aos 521.389 kwanzas (3.940 euros) do ano anterior, refere o documento.
"As projeções feitas até 2017 dão conta de uma taxa média de crescimento do PIB de 3,5% ao ano. O que significa que, se descontarmos o crescimento da população, não fica nada para distribuir", enfatizou Alves da Rocha, acrescentando que nas contas do Executivo Angola terá fechado 2014 com um crescimento da riqueza de 4,2%.
Para o economista angolano, o país mantém "graves problemas de distribuição do rendimento", não sendo "compaginável" que face às "riquezas" de Angola, 60% da população sobreviva com dois dólares por dia. Admitiu que o Governo tem políticas "bem pensadas" nesta matéria, mas a "capacidade de as implementar é fraca".
O relatório económico anual hoje apresentado pelo CEIC, numa conferência internacional, reconhece que "no essencial" a estrutura da economia nacional em 2014 era igual à de 2002, aquando do fim da guerra.
Além disso, Angola é o segundo país do mundo com o maior índice (0,951) de concentração de exportações (no petróleo) - apenas superado pelo Iraque, com 0,965 -, com os efeitos da atual crise do petróleo a fazerem-se sentir em toda a economia nacional.
Arábia Saudita, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Kwuait e Noruega "exportam mais petróleo do que Angola", mas "têm um índice de concentração das exportações bem menor", mostrando que "além do petróleo estes países exportam outros produtos e serviços", observa o relatório.
"Não temos capacidade de resistência, porque não temos estrutura económica capaz. É urgente diversificar a economia", sublinhou por seu turno Alves da Rocha, criticando a utilização generalizada deste objetivo, sem ações concretas, enquanto o petróleo continua a representar mais de 90% das exportações nacionais.
Indústrias do couro, metais, vestuário, têxtil, produtos alimentares e bebidas ou papel são algumas atividades que o relatório do CEIC identifica como potenciais aceleradoras da diversificação da economia nacional.
Outra das observações é sobre a adesão de Angola à zona de livre comércio dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, da sigla inglesa), prevista para 2017, apesar de estar "muito mal preparado", face aos baixos níveis de produção e de competitividade nacional, tendo em conta a forte concorrência que enfrentará e a ausência de tarifas aduaneiras.
"Para que os países possam ser capazes de partilhar vantagens da criação de zonas económicas alargadas têm de ter competitividade. Se não tiverem, os efeitos positivos tendem a polarizar-se nas economias mais competitivas", salientou Alves da Rocha, apontando como exemplo os vizinhos África do Sul e Namíbia.
Os 93 mil milhões de dólares investidos depois de 2002 na construção, reabilitação e modernização das infraestruturas nacionais "não evitaram que Angola ocupasse a última posição" entre os principais parceiros da SADC, neste item. "Uma séria deficiência, que constrange o financiamento mais eficiente da atividade económica em qualquer país, tornado mais elevados os custos dos bens e serviços", conclui o relatório.

PVJ// APN




http://paginaglobal.blogspot.pt/2012/08/os-ricos-de-angola.html

http://folha8.blogspot.pt/2012/02/enquanto-o-povo-definha-fome-eles.html

http://www.publico.pt/mundo/noticia/entre-o-lixo--e-o-luxo-angola-sobrevive-a-crise-1692713


Alguém que, nestes tempos sem valores, ama mais a Liberdade do que a vida faz-nos falta. Vivo. Luaty, come, por favor. Não penses que só a ditadura angolana precisa da luta dos que amam a Liberdade. O confronto de ideias. O teu outro país, Portugal, também está doente, numa democracia formal, que já nem respeita a própria forma. Luaty, come, por favor. Não queiras, aos 33 anos, tornar-te um mártir. A Liberdade é um valor acima de qualquer religião. A memória da tua morte ir-se-á apagando nas próximas chuvas, na próxima subida do petróleo. Luaty, só vivo serás um problema para os teus algozes. Acendeste uma luz com a tua coragem, não a apagues por teimosia. Come, por favor!

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/olhar_cm/detalhe/luaty_come__por_favor.html
 http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/olhar_cm/detalhe/luaty_come__por_favor.html

Luaty, come, por favor.



http://rr.sapo.pt/noticia/37826/luaty_beirao_termina_greve_de_fome

36 dias depois, o activista angolano decide acabar com a greve de fome e assina uma carta enviada aos companheiros da prisão. “Tive a oportunidade de me aperceber do que nos espera lá fora e queria partilhar convosco o que vi", escreve Luaty, na missiva em que apela à "transformação social em Angola".
O activista angolano Luaty Beirão anunciou esta terça-feira o fim da greve de fome. Ao 36º dia da greve de Luaty, o site “Rede Angola” publica uma carta que terá sido enviada à redacção do site pela família de Beirão, escrita na segunda-feira e “dedicada aos seus 14 companheiros detidos e à sociedade civil”.
De acordo com este site, o activista “anunciou o fim da greve de fome que iniciou dia 21 de Setembro em protesto contra o excesso de prisão preventiva”. fome. A notícia já foi confirmada à Renascença por Pedro Coquenão, amigo luso-angolano de Beirão que está em Luanda para acompanhá-lo.
A “Carta aos meus companheiros de prisão” começa por descrever a data em que tudo começou: 20 de Junho de 2015. “Junho vai longe. Passámos muitos dias presos em celas solitárias, alguns sem comer, com muitas saudades de quem nos é próximo. Pelo caminho sentimos a solidariedade da maioria dos prisioneiros e funcionários. Tivemos apoio de família e amigos”, lê-se.
O “Rede Angola” afirma que todos os activistas se encontram no Hospital-Prisão de São Paulo, depois de terem estado detidos no Estabelecimento Prisional de Calomboloca, na Unidade Prisional do Kakila e no Hospital Psiquiátrico e Comarca Central de Luanda – acusados de “actos preparatórios para prática de rebelião e atentado contra o Presidente da República”.
Luaty Beirão está internado na Clínica Girassol, em Luanda, desde o dia 15 de Outubro.
“Tive a oportunidade de me aperceber do que nos espera lá fora e queria partilhar convosco o que vi: Vi pessoas da nossa sociedade, que lutaram pelo nosso país e viveram o que estamos a viver, a saírem da sombra e a comprometerem-se em nossa defesa, para que a História não se repita. Vi pessoas de várias partes do mundo, organizações de cariz civil, personalidades, desconhecidos com experiências de luta na primeira pessoa que, sozinhos ou em grupo, se aglomeram no pedido da nossa libertação. Já o sentíamos antes, mas não com esta dimensão.”
O activista dedica a carta aos seus companheiros: Domingos da Cruz, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, José Gomes Hata, Hitler Jessia Chiconda “Samussuku”, Inocêncio Brito, Sedrick de Carvalho, Fernando Tomás Nicola, Nelson Dibango, Arante Kivuvu, Nuno Álvaro Dala, Benedito Jeremias, Osvaldo Caholo, Manuel Baptista Chivonde “Nito Alves” e Albano Evaristo Bingo.
A 21 de Outubro, o grupo de detidos pediu a Luaty Beirão que parasse com a greve de fome.
O caso de Luaty Beirão gerou uma onda de solidariedade internacional, com grupos de apoio em Angola e Portugal e reivindicações de organizações de direitos humanos como a Amnistia Internacional e a ONU.

Em Portugal, a indefinida situação política mostrou uma resposta desequilibrada por parte dos partidos políticos, com o Bloco de Esquerda a surgir como voz quase solitária a exigir a libertação de Luaty.
Na carta, Luaty dirige as seguintes palavras à sociedade angolana: “Não vou desistir de lutar, nem abandonar os meus companheiros e todas as pessoas que manifestaram tanto amor e que me encheram o coração. Muito obrigado. Espero que a sociedade civil nacional e internacional e todo este apoio dos media não pare.”
O activista acaba repetindo o mantra “Vamos dar as costas. E voltar amanhã de novo”, anunciando por fim: “Vou parar a greve.”
“Abracemos todo o amor que recebemos e agarremos todas as ferramentas. Juntos. Já não somos os ‘arruaceiros’. Já não somos os “jovens revús”. Já não estamos sós. Em Angola, somos todos necessários. Somos todos revolucionários.”








Carta em que Luaty Beirão anuncia fim de greve de fome. Fonte: Rede Angola







 

"devem meter na sua cabecinha OCA que Angola é independente ha 40 anos...". 

Enfim,,, Há quarenta anos eu era uma criança,,, Hoje sou uma pessoa adulta atenta ao que me rodeia...e com poder de reflexão sobre todos os assuntos que me interessam...
e um dos meus direitos é a liberdade de expressão e um dos meus deveres é o respeito  pelo Outro...

Força, Luaty. Estamos atentos...


Julgamento de Luaty Beirão vedado aos jornalistas

Os media só poderão estar presentes duranteas alegações finais e a leitura da sentença dos activistas.
Julgamento de Luaty Beirão vedado aos jornalistas
As autoridades angolanas decidiram ontem vedar o acesso dos media ao julgamento dos 17 activistas acusados de tentar derrubar o presidente Eduardo dos Santos, entre os quais se inclui o ‘rapper’ luso-angolano Luaty Beirão.

A decisão foi justificada pelo 14º Tribunal Provincial de Luanda com “razões logísticas”, nomeadamente a pequena dimensão da sala de audiências. Embora os jornalistas tenham tido acesso livre na segunda-feira, primeiro dia do julgamento, o tribunal informou que agora os media só podem acompanhar o caso na altura das alegações finais e na leitura da sentença, que ainda não foram agendadas.

O fim do acesso dos media à sala do tribunal foi imediatamente condenada pelos advogados dos arguidos.

“O julgamento é público, e para o dever de informação os jornalistas deviam estar presentes. Tem sido assim em todas as audiências, em todos os tribunais. Não vejo razões que justifiquem impedir o acesso, porque não há casos chocantes ou obscenos”, declarou o advogado Michel Francisco, citado pela Lusa. Os réus, conhecidos localmente como ‘revús’, encontram-se em prisão preventiva desde fins de Junho, depois de terem sido capturados a ler um livro que defendia o derrube do regime. Acusados de planearem um golpe de Estado e um atentado contra o presidente Eduardo dos Santos, no primeiro dia das audiências os arguidos apareceram descalços, como modo de protesto contra o facto de se encontrarem detidos preventivamente há já cinco meses. Benedito Jeremias, um dos activistas, tinha mesmo escrito nas costas da farda prisional “In dubio pro reo” – frase em latim que invoca o princípio da presunção de inocência – e ainda a declaração de que “nenhuma ditadura impedirá para sempre o avanço de uma sociedade” .

Durante a sessão de ontem, os activistas voltaram a negar as alegações da procuradoria-geral de que criaram um “governo sombra” nas redes sociais. O advogado de defesa, Luís Nascimento, afirmou que todas as acusações “enfermam de um grande embuste”, uma vez que o autor do ‘governo de salvação nacional’ na Internet - que está em liberdade e não se encontra entre os réus - já veio a público confirmar que é o responsável pela criação deste executivo alternativo.

http://economico.sapo.pt/noticias/julgamento-de-luaty-beirao-vedado-aos-jornalistas_235063.html


29.06.2016 • 12h48

Tribunal Supremo confirma libertação de activistas hoje

Juízes deram provimento ao habeas corpus apresentado pela defesa dos 17 activistas, que serão libertados sob Termo de Identidade e Residência.

 
O Tribunal Supremo deu provimento ao habeas corpus apresentado pela defesa dos 17 activistas, condenados e a cumprirem pena desde 28 de Março por rebelião, e ordenou a sua libertação, conforme documento emitido hoje pela Secretaria Judicial da Câmara Criminal do Tribunal Supremo.
O RA falou com a esposa de Luaty Beirão, Mônica Almeida, que disse ter recebido uma mensagem no telemóvel esta manhã, por volta das 7h, dizendo que seria importante ir ao Hospital Prisão São Paulo (HPSP) hoje.
“Eu até achei que fosse alguma coisa em relação à saúde do Luaty. Ainda estava em casa e comecei a ler em muitos órgãos de comunicação a notícia sobre uma possível libertação. Foi aí que fui para o tribunal. Passado algum tempo, os advogados chegaram e alguns jornais já lá se encontravam”, disse, sem revelar quem lhe enviou a mensagem.
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Rui Mangueira, afirmou hoje que o caso dos 17 activistas é um processo apenas legal e não político.
O governante respondia aos jornalistas no final da reunião do conselho de ministros, realizada hoje em Luanda e depois de conhecida a decisão do Supremo, dando provimento ao habeas corpus apresentado pela defesa, pedindo que os 17 jovens aguardassem em liberdade a decisão dos recursos à condenação.
“Nós continuamos a dizer que este caso é essencialmente técnico-jurídico, não há questões de natureza política nesta situação”, disse o ministro Rui Mangueira, sublinhando igualmente que o Tribunal Supremo é uma instituição independente e soberana e que é tempo de “deixar a Justiça trabalhar”.
“E é bom que toda a sociedade angolana consiga compreender que, no caso concreto, o Tribunal Supremo está a tomar as suas decisões sem qualquer interferência política”, disse.
Na reunião do Conselho de Ministros de hoje, orientada pelo presidente José Eduardo dos Santos, foi apreciada uma proposta de Lei de Amnistia, diploma legal “que visa perdoar todos os crimes comuns puníveis com “a pena de prisão até 12 anos”, exceptuando contravenções e crimes dolosos cometidos com violência ou ameaça contra as pessoas, de acordo com o comunicado final.
De igual forma, o ministro Rui Mangueira insistiu que estas decisões não visam igualmente qualquer aspecto político. Contudo, esta amnistia, em moldes ainda por revelar, poderá ser aplicada a penas de crimes comuns até 12 anos.
“Posso anunciar que recebi agora a chamada do Supremo a dizer que vão ser libertados. Está confirmado e vou agora assistir à saída”, disse à Lusa o advogado, aludindo à resposta ao habeas corpus que estava por decidir desde Abril, solicitando que os activistas aguardassem em liberdade a decisão dos recursos à condenação, por rebelião e associação de malfeitores.
A mesma informação foi igualmente confirmada à Lusa pelo advogado de defesa David Mendes, desconhecendo ainda os argumentos do Tribunal Supremo, e que também se está a deslocar para o Hospital-Prisão de São Paulo (HPSP), em Luanda, onde até hoje estavam detidos, a cumprir pena, 12 dos 17 activistas.

http://www.redeangola.info/defesa-confirma-libertacao-de-activistas-hoje/


Alguém que, nestes tempos sem valores, ama mais a Liberdade do que a vida faz-nos falta. Vivo. Luaty, come, por favor. Não penses que só a ditadura angolana precisa da luta dos que amam a Liberdade. O confronto de ideias. O teu outro país, Portugal, também está doente, numa democracia formal, que já nem respeita a própria forma. Luaty, come, por favor. Não queiras, aos 33 anos, tornar-te um mártir. A Liberdade é um valor acima de qualquer religião. A memória da tua morte ir-se-á apagando nas próximas chuvas, na próxima subida do petróleo. Luaty, só vivo serás um problema para os teus algozes. Acendeste uma luz com a tua coragem, não a apagues por teimosia. Come, por favor!

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/olhar_cm/detalhe/luaty_come__por_favor.html
Alguém que, nestes tempos sem valores, ama mais a Liberdade do que a vida faz-nos falta. Vivo. Luaty, come, por favor. Não penses que só a ditadura angolana precisa da luta dos que amam a Liberdade. O confronto de ideias. O teu outro país, Portugal, também está doente, numa democracia formal, que já nem respeita a própria forma. Luaty, come, por favor. Não queiras, aos 33 anos, tornar-te um mártir. A Liberdade é um valor acima de qualquer religião. A memória da tua morte ir-se-á apagando nas próximas chuvas, na próxima subida do petróleo. Luaty, só vivo serás um problema para os teus algozes. Acendeste uma luz com a tua coragem, não a apagues por teimosia. Come, por favor!

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