Há tanto para dizer,,, a reflexão é solitária mas (e) solidária...
Riqueza produzida por Angola não sobra para distribuir pela população até 2017
Lusa
O
Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade
Católica de Angola admite um crescimento médio da riqueza angolana de
3,5 por cento ao ano até 2017, mas será insuficiente para distribuir
pela população.
A posição foi assumida hoje pelo diretor do CEIC, Manuel Alves da Rocha, na apresentação, em Luanda, do relatório económico anual (2014) da instituição, referindo-se à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) angolano e ao aumento da população.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsariana, com cerca de 1,8 milhões de barris de petróleo por dia, e contava em 2014 com mais de 24,3 milhões de habitantes, devendo registar um crescimento acima de 800 mil pessoas este ano.
Conjugando os efeitos do primeiro recenseamento da população, realizado em Angola em 2014, com a crise da cotação internacional do barril de crude, o Produto Interno Bruto por habitante deverá descer em 2015 para 457.954 kwanzas (3.460 euros), face aos 521.389 kwanzas (3.940 euros) do ano anterior, refere o documento.
"As projeções feitas até 2017 dão conta de uma taxa média de crescimento do PIB de 3,5% ao ano. O que significa que, se descontarmos o crescimento da população, não fica nada para distribuir", enfatizou Alves da Rocha, acrescentando que nas contas do Executivo Angola terá fechado 2014 com um crescimento da riqueza de 4,2%.
Para o economista angolano, o país mantém "graves problemas de distribuição do rendimento", não sendo "compaginável" que face às "riquezas" de Angola, 60% da população sobreviva com dois dólares por dia. Admitiu que o Governo tem políticas "bem pensadas" nesta matéria, mas a "capacidade de as implementar é fraca".
O relatório económico anual hoje apresentado pelo CEIC, numa conferência internacional, reconhece que "no essencial" a estrutura da economia nacional em 2014 era igual à de 2002, aquando do fim da guerra.
Além disso, Angola é o segundo país do mundo com o maior índice (0,951) de concentração de exportações (no petróleo) - apenas superado pelo Iraque, com 0,965 -, com os efeitos da atual crise do petróleo a fazerem-se sentir em toda a economia nacional.
Arábia Saudita, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Kwuait e Noruega "exportam mais petróleo do que Angola", mas "têm um índice de concentração das exportações bem menor", mostrando que "além do petróleo estes países exportam outros produtos e serviços", observa o relatório.
"Não temos capacidade de resistência, porque não temos estrutura económica capaz. É urgente diversificar a economia", sublinhou por seu turno Alves da Rocha, criticando a utilização generalizada deste objetivo, sem ações concretas, enquanto o petróleo continua a representar mais de 90% das exportações nacionais.
Indústrias do couro, metais, vestuário, têxtil, produtos alimentares e bebidas ou papel são algumas atividades que o relatório do CEIC identifica como potenciais aceleradoras da diversificação da economia nacional.
Outra das observações é sobre a adesão de Angola à zona de livre comércio dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, da sigla inglesa), prevista para 2017, apesar de estar "muito mal preparado", face aos baixos níveis de produção e de competitividade nacional, tendo em conta a forte concorrência que enfrentará e a ausência de tarifas aduaneiras.
"Para que os países possam ser capazes de partilhar vantagens da criação de zonas económicas alargadas têm de ter competitividade. Se não tiverem, os efeitos positivos tendem a polarizar-se nas economias mais competitivas", salientou Alves da Rocha, apontando como exemplo os vizinhos África do Sul e Namíbia.
Os 93 mil milhões de dólares investidos depois de 2002 na construção, reabilitação e modernização das infraestruturas nacionais "não evitaram que Angola ocupasse a última posição" entre os principais parceiros da SADC, neste item. "Uma séria deficiência, que constrange o financiamento mais eficiente da atividade económica em qualquer país, tornado mais elevados os custos dos bens e serviços", conclui o relatório.
PVJ// APN
http://paginaglobal.blogspot.pt/2012/08/os-ricos-de-angola.html
http://folha8.blogspot.pt/2012/02/enquanto-o-povo-definha-fome-eles.html
http://www.publico.pt/mundo/noticia/entre-o-lixo--e-o-luxo-angola-sobrevive-a-crise-1692713
Alguém que, nestes
tempos sem valores, ama mais a Liberdade do que a vida faz-nos falta.
Vivo.
Luaty, come, por favor.
Não penses que só a ditadura angolana precisa da luta dos que amam a
Liberdade. O confronto de ideias.
O teu outro país, Portugal, também está doente, numa democracia formal,
que já nem respeita a própria forma.
Luaty, come, por favor. Não queiras, aos 33 anos, tornar-te um mártir. A
Liberdade é um valor acima de qualquer religião. A memória da tua morte
ir-se-á apagando nas próximas chuvas, na próxima subida do petróleo.
Luaty, só vivo serás um problema para os teus algozes. Acendeste uma luz
com a tua coragem, não a apagues por teimosia. Come, por favor!
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/olhar_cm/detalhe/luaty_come__por_favor.html
http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/olhar_cm/detalhe/luaty_come__por_favor.htmlLer mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/olhar_cm/detalhe/luaty_come__por_favor.html
Luaty, come, por favor.
http://rr.sapo.pt/noticia/37826/luaty_beirao_termina_greve_de_fome
36
dias depois, o activista angolano decide acabar com a greve de fome e
assina uma carta enviada aos companheiros da prisão. “Tive a
oportunidade de me aperceber do que nos espera lá fora e queria
partilhar convosco o que vi", escreve Luaty, na missiva em que apela à
"transformação social em Angola".
O
activista angolano Luaty Beirão anunciou esta terça-feira o fim da
greve de fome. Ao 36º dia da greve de Luaty, o site “Rede Angola”
publica uma carta que terá sido enviada à redacção do site pela família
de Beirão, escrita na segunda-feira e “dedicada aos seus 14 companheiros
detidos e à sociedade civil”.
De acordo com este site, o activista “anunciou o fim da greve de fome que iniciou dia 21 de Setembro em protesto contra o excesso de prisão preventiva”. fome. A notícia já foi confirmada à Renascença por Pedro Coquenão, amigo luso-angolano de Beirão que está em Luanda para acompanhá-lo.
A “Carta aos meus companheiros de prisão” começa por descrever a data em que tudo começou: 20 de Junho de 2015. “Junho vai longe. Passámos muitos dias presos em celas solitárias, alguns sem comer, com muitas saudades de quem nos é próximo. Pelo caminho sentimos a solidariedade da maioria dos prisioneiros e funcionários. Tivemos apoio de família e amigos”, lê-se.
O “Rede Angola” afirma que todos os activistas se encontram no Hospital-Prisão de São Paulo, depois de terem estado detidos no Estabelecimento Prisional de Calomboloca, na Unidade Prisional do Kakila e no Hospital Psiquiátrico e Comarca Central de Luanda – acusados de “actos preparatórios para prática de rebelião e atentado contra o Presidente da República”.
Luaty Beirão está internado na Clínica Girassol, em Luanda, desde o dia 15 de Outubro.
“Tive a oportunidade de me aperceber do que nos espera lá fora e queria partilhar convosco o que vi: Vi pessoas da nossa sociedade, que lutaram pelo nosso país e viveram o que estamos a viver, a saírem da sombra e a comprometerem-se em nossa defesa, para que a História não se repita. Vi pessoas de várias partes do mundo, organizações de cariz civil, personalidades, desconhecidos com experiências de luta na primeira pessoa que, sozinhos ou em grupo, se aglomeram no pedido da nossa libertação. Já o sentíamos antes, mas não com esta dimensão.”
O activista dedica a carta aos seus companheiros: Domingos da Cruz, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, José Gomes Hata, Hitler Jessia Chiconda “Samussuku”, Inocêncio Brito, Sedrick de Carvalho, Fernando Tomás Nicola, Nelson Dibango, Arante Kivuvu, Nuno Álvaro Dala, Benedito Jeremias, Osvaldo Caholo, Manuel Baptista Chivonde “Nito Alves” e Albano Evaristo Bingo.
A 21 de Outubro, o grupo de detidos pediu a Luaty Beirão que parasse com a greve de fome.
O caso de Luaty Beirão gerou uma onda de solidariedade internacional, com grupos de apoio em Angola e Portugal e reivindicações de organizações de direitos humanos como a Amnistia Internacional e a ONU.
Em Portugal, a indefinida situação política mostrou uma resposta desequilibrada por parte dos partidos políticos, com o Bloco de Esquerda a surgir como voz quase solitária a exigir a libertação de Luaty.
Na carta, Luaty dirige as seguintes palavras à sociedade angolana: “Não vou desistir de lutar, nem abandonar os meus companheiros e todas as pessoas que manifestaram tanto amor e que me encheram o coração. Muito obrigado. Espero que a sociedade civil nacional e internacional e todo este apoio dos media não pare.”
O activista acaba repetindo o mantra “Vamos dar as costas. E voltar amanhã de novo”, anunciando por fim: “Vou parar a greve.”
“Abracemos todo o amor que recebemos e agarremos todas as ferramentas. Juntos. Já não somos os ‘arruaceiros’. Já não somos os “jovens revús”. Já não estamos sós. Em Angola, somos todos necessários. Somos todos revolucionários.”
De acordo com este site, o activista “anunciou o fim da greve de fome que iniciou dia 21 de Setembro em protesto contra o excesso de prisão preventiva”. fome. A notícia já foi confirmada à Renascença por Pedro Coquenão, amigo luso-angolano de Beirão que está em Luanda para acompanhá-lo.
A “Carta aos meus companheiros de prisão” começa por descrever a data em que tudo começou: 20 de Junho de 2015. “Junho vai longe. Passámos muitos dias presos em celas solitárias, alguns sem comer, com muitas saudades de quem nos é próximo. Pelo caminho sentimos a solidariedade da maioria dos prisioneiros e funcionários. Tivemos apoio de família e amigos”, lê-se.
O “Rede Angola” afirma que todos os activistas se encontram no Hospital-Prisão de São Paulo, depois de terem estado detidos no Estabelecimento Prisional de Calomboloca, na Unidade Prisional do Kakila e no Hospital Psiquiátrico e Comarca Central de Luanda – acusados de “actos preparatórios para prática de rebelião e atentado contra o Presidente da República”.
Luaty Beirão está internado na Clínica Girassol, em Luanda, desde o dia 15 de Outubro.
“Tive a oportunidade de me aperceber do que nos espera lá fora e queria partilhar convosco o que vi: Vi pessoas da nossa sociedade, que lutaram pelo nosso país e viveram o que estamos a viver, a saírem da sombra e a comprometerem-se em nossa defesa, para que a História não se repita. Vi pessoas de várias partes do mundo, organizações de cariz civil, personalidades, desconhecidos com experiências de luta na primeira pessoa que, sozinhos ou em grupo, se aglomeram no pedido da nossa libertação. Já o sentíamos antes, mas não com esta dimensão.”
O activista dedica a carta aos seus companheiros: Domingos da Cruz, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, José Gomes Hata, Hitler Jessia Chiconda “Samussuku”, Inocêncio Brito, Sedrick de Carvalho, Fernando Tomás Nicola, Nelson Dibango, Arante Kivuvu, Nuno Álvaro Dala, Benedito Jeremias, Osvaldo Caholo, Manuel Baptista Chivonde “Nito Alves” e Albano Evaristo Bingo.
A 21 de Outubro, o grupo de detidos pediu a Luaty Beirão que parasse com a greve de fome.
O caso de Luaty Beirão gerou uma onda de solidariedade internacional, com grupos de apoio em Angola e Portugal e reivindicações de organizações de direitos humanos como a Amnistia Internacional e a ONU.
Em Portugal, a indefinida situação política mostrou uma resposta desequilibrada por parte dos partidos políticos, com o Bloco de Esquerda a surgir como voz quase solitária a exigir a libertação de Luaty.
Na carta, Luaty dirige as seguintes palavras à sociedade angolana: “Não vou desistir de lutar, nem abandonar os meus companheiros e todas as pessoas que manifestaram tanto amor e que me encheram o coração. Muito obrigado. Espero que a sociedade civil nacional e internacional e todo este apoio dos media não pare.”
O activista acaba repetindo o mantra “Vamos dar as costas. E voltar amanhã de novo”, anunciando por fim: “Vou parar a greve.”
“Abracemos todo o amor que recebemos e agarremos todas as ferramentas. Juntos. Já não somos os ‘arruaceiros’. Já não somos os “jovens revús”. Já não estamos sós. Em Angola, somos todos necessários. Somos todos revolucionários.”
Alguém que, nestes
tempos sem valores, ama mais a Liberdade do que a vida faz-nos falta.
Vivo.
Luaty, come, por favor.
Não penses que só a ditadura angolana precisa da luta dos que amam a
Liberdade. O confronto de ideias.
O teu outro país, Portugal, também está doente, numa democracia formal,
que já nem respeita a própria forma.
Luaty, come, por favor. Não queiras, aos 33 anos, tornar-te um mártir. A
Liberdade é um valor acima de qualquer religião. A memória da tua morte
ir-se-á apagando nas próximas chuvas, na próxima subida do petróleo.
Luaty, só vivo serás um problema para os teus algozes. Acendeste uma luz
com a tua coragem, não a apagues por teimosia. Come, por favor!
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/olhar_cm/detalhe/luaty_come__por_favor.html
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/olhar_cm/detalhe/luaty_come__por_favor.html
Alguém que, nestes
tempos sem valores, ama mais a Liberdade do que a vida faz-nos falta.
Vivo.
Luaty, come, por favor.
Não penses que só a ditadura angolana precisa da luta dos que amam a
Liberdade. O confronto de ideias.
O teu outro país, Portugal, também está doente, numa democracia formal,
que já nem respeita a própria forma.
Luaty, come, por favor. Não queiras, aos 33 anos, tornar-te um mártir. A
Liberdade é um valor acima de qualquer religião. A memória da tua morte
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Luaty, só vivo serás um problema para os teus algozes. Acendeste uma luz
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