terça-feira, 19 de maio de 2015

Exposição Alimentação Saudável - Trabalhos realizados pelas crianças e famílias do Jardim de Infância Dr. Alfredo Mota

 


No Forum em 
Castelo Branco


De 15 a 25 de maio Exposição Alimentação Saudável


Projeto Pedagógico 2014/2015


Trabalhos realizados pelas crianças e famílias do Jardim de Infância Dr. Alfredo Mota


Hoje, numa visita ao Forum, deparei-me com esta exposição e fiquei encantada com o projeto e com o trabalho destes meninos e pais, sob a orientação das Educadoras

Não poderia deixar de fazer um elogio a projetos deste tipo com o qual todos temos a aprender...























Obrigada, por estes momentos, que me fizeram regressar à minha infância em que, juntamente com as minhas irmãs, construíamos os nossos mundos de fantasia...

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A importância do brincar no desenvolvimento infantil




O BRINCAR COMO DIÁLOGO
 O ludo, o brincar, é uma actividade primitiva do bebé. É a primeira não orientada directamente para a satisfação de carências orgânicas, mas que se origina num organismo intensamente aplicado em encontrar um "entendimento eficaz com o mundo" (Ada Maurier,1967).

Um aspecto importante na brincadeira, fundamental para que esta contribua para o crescimento, é
 a possibilidade de funcionar em dois planos, um real, o que efectivamente está a acontecer, e o imaginado, o que estão a brincar" Quintino Aires, J.  2011
 

O brincar apresenta características diferentes de acordo com o desenvolvimento das estruturas mentais, existindo, segundo Piaget, 3 etapas fundamentais:

Dos 0 aos 2 anos de idade - Nesta fase ocorrem os chamados Jogos de Exercício em que a criança vai adquirindo competências motoras e aumentando a sua autonomia. Vai preferindo o chão ao berço, demonstrando alegria nas tentativas de imitação da fala, vai revelando prazer ao nível da descoberta do seu corpo através dos sentidos.
Elabora então as suas brincadeiras à volta da exploração de objectos através dos sentidos, da acção motora, e da manipulação - características dos "jogos de manipulação". Estes jogos oferecem sentimentos importantes de poder e eficácia, bem como fortalecem a auto-estima. Deste modo, constituem peças fundamentais para o desenvolvimento global da criança.

Entre os 2 e os seis/sete anos de idade - o jogo simbólico assume um papel fundamental nas brincadeiras, como são exemplo o "faz de conta", as histórias, os fantoches, o desenho, o brincar com os objectos atribuindo-lhes outros significados, etc. Estes jogos são possíveis porque, nesta fase, a criança já é capaz de produzir imagens mentais. A linguagem falada permite-lhe o uso de símbolos para substituir objectos.
O jogo simbólico oferece à criança a compreensão e a aprendizagem dos papéis sociais que fazem parte da sua cultura (papel de pai, de mãe, filho, médico, etc.).

A partir dos sete anos de idade – Por fim, as brincadeiras e jogos com regras tornam-se cruciais para o desenvolvimento de estratégias de tomada de decisões. Através da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e socializa, descobrindo o mundo à sua volta. No brincar com outras crianças, elas encontram os seus pares e interagem socialmente, descobrindo desta forma que não são os únicos sujeitos da acção e que, para alcançarem os seus objectivos, deverão considerar o facto de que os outros também possuem objectivos próprios que querem satisfazer.
 
Pode dizer-se que o jogo e a brincadeira são sempre actividades em que a criança realiza, constrói e se apropria de conhecimentos das mais diversas ordens. Eles possibilitam, igualmente, a construção de categorias e a ampliação dos conceitos das várias áreas do conhecimento, ou seja, o brincar assume papel didáctico e pode ser explorado no processo educativo.
 

Eu Sou do Tamanho do que Vejo

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... 
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer 
Porque eu sou do tamanho do que vejo 
E não, do tamanho da minha altura... 

Nas cidades a vida é mais pequena 
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. 

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, 
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, 
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, 
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. 


Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"

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