Há dias atrás, numa conversa com um dos meus sobrinhos docente numa escola no sul do país, conversávamos sobre as decisões que os pais tomam ao longo da vida e o que estas influenciam no desenvolvimento dos filhos, no seu bem-estar físico, psicológico, social, no desenvolvimento do seu carácter... a visão dele como filho e a minha como mãe.
A conversa sobre o assunto foi longa... eu disse que quando se é mãe e a idade ainda é pouca (apesar de adulta), consequentemente, a experiência de vida também não é muito grande e que quando nasce o primeiro filho é como se o pânico invadisse o coração da mãe pois sente que tudo o que acontecer com aquele ser é única e exclusivamente da sua responsabilidade, para a qual, intimamente, não se sente preparada, amadurecida.
Disse-lhe que, muitas vezes, as mães vão crescendo, amadurecendo, ao mesmo tempo que os filhos se vão desenvolvendo, com os acontecimentos com que se vão deparando mas que as mães colocam sempre em primeiro lugar o que consideram (muitas vezes erradamente) ser o melhor para os filhos naquele momento.
Que, olhando à distância, as mães são assoladas por imensos arrependimentos nas atitudes que tiveram e a consciencialização de quais deveriam ter sido tomadas...
Que a vida é uma aprendizagem constante ao longo de todo o percurso e não só até se atingir a idade adulta...
No final da conversa o meu sobrinho disse-me para escrever sobre este assunto mas, sinceramente, ultimamente as palavras parece que se escondem numa parte nebulosa do meu cérebro e encontrá-las torna-se um exercício difícil e, nestes tempos em que parece haver tantos doutorados cheios de certezas em todos os assuntos, seriam de pouca utilidade para alguém.
A teoria é uma coisa, a assimilação é outra...
Colocar em prática, outra...
A VidA reAl, sem ocultações de percurso...