Sou como todas as pessoas sensíveis ao que as rodeia... Adoro as pessoas, adoro a natureza, adoro os animais... Gosto de música... Mas o que mais prezo é a minha família e os meus amigos e a natureza e os animais... Eheheh.
Antes que me esqueça, adoro qualquer forma de demonstração de Arte: pintura, arquitectura, escultura, poesia...
É um fofinho picante. Mas, não deixe de ler a fábula, que é o mais
importante...!
A Fábula do Porco-espinho
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Osporcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos, assim agasalhavam-se e protegiam-se mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram afastarem-se uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram de fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.
Moral da História
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.
História enviada por mail pela minha amiga Helena Jacinto. História linda
Balbina Mendes nasceu em Malhadas, Miranda do Douro.
Desde muito nova que sente a voz da pintura, Arte que foi cultivando em paralelo
com o Ensino.
Hoje, dedica-se por inteiro à Pintura... a sua "VOCAÇÃO"
No Porto, em 1989, mostrou, pela primeira vez, as suas obras numa exposição
conjunta com outros pintores.
Balbina Mendes, atenta ao meio que a viu nascer, não passa indiferente à cultura do seu povo que é rica em tradições ancestrais. É neste contexto que cresce e aperfeiçoa a sua sensibilidade artística, explorando a riqueza dos usos e costumes do nordeste transmontano. As festas das aldeias, os rituais, os dizeres, as cantigas, os grupos de rapazes desfilando mascarados pelas ruas das aldeias, e as tradicionais máscaras transmontanas; têm sido nos últimos anos a sua grande fonte de inspiração.
É uma dessas máscaras que dá um novo impulso à sua vontade criadora - o Chocalheiro de Bemposta - figura ao mesmo tempo aterradora, bela e misteriosa da freguesia de Bemposta do concelho de Mogadouro. Esta figura mascarada e a sua admiração pelas máscaras usadas ainda hoje nas tais festas de rua dos concelhos de Bragança, provocou em Balbina Mendes a vontade de pintar uma grande colecção de máscaras. Estas constituem um grande conjunto das suas obras mais recentes.
Foi distinguida com o 1º Prémio no “Primer Certamen Internacional
de Pintura Rápida”, Programa Rirra.
Linda exposição de Pintura, de Cultura vestida...
... na Sala da Nora do Cine-Teatro Avenida.
A não perder...
...até ao dia 18 de Dezembro.
Quadra do Natal no Nordeste Transmontano
O Natal em Trás-os-Montes (Norte de Portugal) é diferente de qualquer outro Natal no mundo. Os caminhos tortuosos da serra mantiveram as comunidades a uma distância segura e permitiram a sobrevivência de antigos costumes da região.
É o caso da Festa dos Rapazes, que ocorre em todo o Nordeste Transmontano na altura do Natal, como memória viva de ritos ancestrais, apenas com algumas variantes de terra em terra.
Durante dois dias, os rapazes solteiros comandam a vida na aldeia. A festa, com origem nos rituais pagãos do solstício de Inverno, celebrava o início de um novo ciclo agrícola, com os dias que começam a ficar mais longos, e, para os rapazes significa também a passagem para a idade adulta.
A festa começa logo de madrugada, com o gaiteiro que acorda toda a aldeia com a sua gaita-de-foles.
Os mordomos, responsáveis pela organização da festa, percorrem as ruas visitando todos os vizinhos. Seguem-se os "caretos", criaturas estranhas vestindo trajes bizarros, com chocalhos e fitas penduradas, e exibindo máscaras diabólicas. Dançam, pulam, rodopiam e fazem grande algazarra.
Hoje tudo lhes é permitido e, por detrás da máscara que lhes protege a identidade, cometem os maiores impropérios, assustam as criancinhas e atormentam todos os presentes. Só são carinhosos com os mais velhos.
Sem qualquer cerimónia, invadem as casas onde roubam chouriços, morcelas, carnes de fumeiro, figos secos e pão para juntar à festa.
Reunidas todas as iguarias, passa-se ao banquete, numa grande mesa posta no adro da igreja.
A aldeia de Vale de Salgueiro, no concelho de Mirandela, tem uma forma bem original de assinalar o Dia de Reis, também chamada Festa dos Rapazes em honra de Santo Estêvão, afirmando-se uma manifestação plena de tipicismo e de enorme tradição popular.
Todos os anos, é escolhido alguém para protagonizar a figura do rei, que organiza a festa e traz consigo uma coroa carregada de ouro emprestado pelos habitantes, que vale cerca de 30 mil euros.
Mas as tradições fora do comum não se ficam por aí e dezenas de crianças andam pelas ruas com maços de tabaco e têm permissão dos próprios pais para fumar, mas só durante dois dias.
Tal como manda a tradição, a festa dura dois dias. O rei percorre todas as habitações da aldeia, sempre com o grupo de gaiteiros a acompanhar, distribuindo cerca de 300 quilos de tremoços e 100 litros de vinho, em cabaças tradicionais. Em troca, a população oferece um donativo para custear a festa.
Entretanto, no centro da aldeia, prepara-se o baile e, quando o rei chega, as pessoas são convidadas a dançar a murinheira, típica dos celtas, ao som das gaitas de foles e dos bombos.
No segundo dia, a alvorada acontece às sete da manhã. O rei, ao som das gaitas de foles e dos bombos, volta a percorrer toda a aldeia para receber a "manda", ou seja, os donativos para custear as despesas que a festa acarreta.
Ninguém sabe ao certo quando começou a tradição da festa de Vale do Salgueiro, nem as razões que levaram à sua realização desta forma. Os mais velhos dizem apenas que "isto já é assim desde há muitos anos, vem do tempo dos nossos avós", afirma um idoso da aldeia transmontana, já com 82 anos, acrescentando que, "na minha infância, já havia esta tradição de fumar cigarros, que custavam cinco tostões".
No entanto, sempre há alguns que contam histórias que tudo terá começado no tempo dos reis. "Alguém tirou a coroa, deixou-a no altar da igreja e acabou por morrer de imediato. Então, o povo achou que a coroa devia ser colocada sempre em alguém, para afastar os maus espíritos", conta outro habitante da aldeia.
A festa termina com a celebração da missa, ocasião aproveitada para colocar a coroa noutro habitante da aldeia, que terá a responsabilidade de organizar a próxima festa.
Na festa dos rapazes no concelho de Bragança:
"Os solteiros com mais de 16 anos compram para todos, um chibo ou um vitelo, que as raparigas cozinham na noite de 5 de Janeiro. Na madrugada do dia seguinte, ai vão eles pela aldeia, fartas goladas de aguardente para afastar o frio, com o gaiteiro e velhas cantigas alegrando as ruas.
Feito o pequeno-almoço em casa que geralmente lhes emprestam, vestem-se de caretos (mascarados) e lá vão eles assustar tudo quanto é povo, especialmente mulheres e crianças, indo depois, de casa em casa, exigir o tributo dos reis - o que lhes quiserem dar - que enfiam no surrão (saco dos pastores), após o que se banqueteiam com farto almoço. Depois, quando as moças chegam, vem o bailarico, que se prolonga até à ceia gorda e terminará com umas tantas borracheiras (bebedeiras), das quais acordam com saudades da festa acabada."